O valor da cesta básica passou de R$ 732,82 para R$ 739,44. No acumulado do ano, a alta é de 2,4%. Proteína animal e produtos básicos foram os principais itens que elevaram os preços. A alta em relação às carnes se deve à redução do pasto com as queimadas pelo país, ocorridas em agosto e setembro, e ao aumento nas exportações.
Esse cenário não impediu que o consumo nos lares brasileiros crescesse 0,95% em setembro, ante o mesmo período do ano anterior (set, 24 x set, 23), de acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,52% e permanece alinhado às projeções do setor de crescimento de 2,50% em 2024.
“A aceleração da inflação oficial em setembro tem reflexos na cesta de abastecimento do lar. Fatores climáticos (queimadas e estiagem prolongada) não só pressionaram os preços dos alimentos como as carnes e as frutas, mas também elevaram os preços da energia elétrica, exigindo do consumidor mais equilíbrio no orçamento doméstico”, analisou o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
A pressão inflacionária, somada à manutenção do ciclo de aumentos da taxa Selic, está limitando o crescimento do consumo e do potencial de investimento do comércio no Brasil, segundo a Confederação do Comércio.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), de forma geral, marcou 112,2 pontos em outubro, mantendo-se estável em relação a setembro e interrompendo uma sequência de cinco quedas. Comparado a outubro do ano passado, houve uma leve retração de 0,5%, a menor redução desde julho.