Por Samanta Sallum
A projeção de avanço nas vendas para o Dia dos Pais vai estimular o aumento das contratações de trabalhadores temporários neste ano. A previsão é uma oferta de 10,47 mil vagas temporárias no varejo, em todo o país, para atender à demanda sazonal. Se confirmado, esse será o maior contingente de temporários contratados dos últimos 10 anos. Hiper e supermercados (4,97 mil), lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (1,73 mil) e o ramo de vestuário (1,68 mil) são os que mais devem apostar no aumento das equipes.
O volume de vendas para o Dia dos Pais de 2024 deverá alcançar R$ 7,7 bilhões. A projeção representa um avanço de 4,7% em relação à mesma data de 2023, já descontada a inflação. O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante em movimentação financeira do calendário do varejo brasileiro. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Com a taxa de desemprego no menor patamar dos últimos 10 anos e sinais positivos para o consumo, as vendas para a data devem aumentar significativamente.
Roupas e perfumes lideram lista de presentes
As lojas de vestuário deverão faturar R$ 3,07 bilhões com a data. Em seguida, devem vir as movimentações esperadas nos ramos de produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 1,51 bilhão) e de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão). Somados, esses três segmentos devem responder por quase 75% das vendas totais no varejo com a data deste ano.
Preços sobem, mas menos que no ano passado
Ao contrário de 2021 e 2022, quando a cesta de bens e serviços relacionados a essa data acumulou aumentos de 8% e 8,4%, respectivamente, em 2023, o índice de referência do nível geral de preços desacelerou (5,3%). Essa tendência deve ser observada novamente em 2024, uma vez que a CNC projeta variação de 2,9%.
Dos 13 grupos de itens analisados, quatro deverão estar mais baratos que no mesmo período de 2023, destacando-se televisores (queda de 3,1%), computadores pessoais (redução de 4,1%) e aparelhos telefônicos (diminuição de 9,4%). Por outro lado, livros (alta de 12,9%), bebidas alcoólicas (elevação de 10,1%) e alimentação fora do domicílio (crescimento de 4,8%) tendem a registrar as altas de preço mais significativas.