Repasses federais de programas sociais ajudaram a impulsionar demanda do consumidor. Mas houve alta de preços na cesta de 35 produtos. Preço da batata subiu e do feijão caiu
Por Samanta Sallum
O resultado para o mês de maio do levantamento da Abras é o maior desde 2021, influenciado pelo Dia das Mães e pela demanda para estoque de arroz. O Consumo nos lares brasileiros cresceu 6,52% na comparação com abril, de acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados. O movimento dos consumidores de estocar arroz, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, teve influência no resultado.
No aspecto macroeconômico, dentre os principais fatores que deram impulso ao consumo estão a antecipação da primeira parcela do 13o salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS; os recursos do programa Pé-de-Meia do governo federal, que devem injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano; o repasse de R$ 14,18 bi do Bolsa Família; e a liberação de R$ 4,6 bi do terceiro lote do PIS/PASEP.
Preços da cesta
Batata, cebola, leite longa vida e café torrado e moído puxaram a alta do indicador AbrasMercado, que mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo. As principais quedas foram registradas nos preços do feijão, tomate e ovos. O indicador registrou alta de 0,84% em maio. Os preços da cesta passaram de R$ 739,18 para R$ 745,39 na média nacional.