Por Samanta Sallum
O mercado imobiliário do DF para o segmento de baixa renda sofre grande concorrência do Entorno. Pessoas que trabalham e usam os serviços públicos da capital federal passaram a morar no Entorno por ser mais barato. Para reduzir essa migração e ajudar parte da população a ter a casa própria, o governador Ibaneis Rocha se comprometeu, em seu plano de governo do segundo mandato, a criar o benefício do cheque moradia. O objetivo é principalmente ajudar na hora de pagar o sinal exigido pela Caixa Econômica para financiar o imóvel, mesmo sendo para o público de menor poder aquisitivo.
“Queremos contribuir nessa política de democratizar o acesso à casa própria, lançando empreendimentos para todas as classes sociais”, afirmou o presidente da Ademi, Roberto Botelho.
Combate à ocupação ilegal
O avanço da ocupação ilegal segue como principal preocupação do empreendedor do setor, especialmente quando se considera a demanda futura por imóveis. A AdEmi entende que é preciso esforço ainda maior do poder público para coibir empreendimentos irregulares.
“Além da fiscalização, a solução exige o aumento da oferta de terrenos regulares para construção e incorporação. Com a expectativa de crescimento demográfico do DF para os próximos anos, de chegarmos a mais de 4 milhões de habitantes em 15 anos, avançar nesse campo é essencial”, reforça Roberto Botelho.
Mercado aquecido
O mercado imobiliário do Distrito Federal registrou aumento na venda de unidades em fevereiro de 2024. Dados da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) mostram o segmento aquecido, com 17,9% mais que o registrado no mesmo mês em 2023 e 5,2% mais que o realizado em janeiro passado.
Em fevereiro, o IVV alcançou 4,2%, e o volume de imóveis ofertados chegou a 7.285 unidades em todo o DF. O ano de 2023 foi fechado com recorde na oferta de imóveis novos, em todas as regiões, e ritmo de venda positivo, com um Valor Geral de Lançamentos (VGL) de R$ 4,6 bilhões e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 3,5 bilhões.