Por Samanta Sallum
As entidades ligadas à hotelaria foram em peso à sessão temática ontem de debates realizada no Plenário do Senado. Todos os representantes defenderam a manutenção dos incentivos fiscais como previsto no Programa de Retomada do Setor de Eventos (Perse) na pós-pandemia. Entre os políticos, o discurso mais duro foi o do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse que a MP era “irracional, um deboche com o Congresso e deveria ser devolvida ao presidente Lula”.
O Perse foi uma medida aprovada pelo Congresso para socorrer o setor cultural, de eventos e do turismo, tão afetados por prejuízos na pandemia, e tem vigência até 2027. Mas o governo Lula enviou uma Medida Provisória ao Legislativo para antecipar o fim do programa para abril deste ano.
Ex-senador, o empresário Paulo Octávio esteve na sessão para dar apoio à manutenção do Perse. Dono de uma rede de hotéis, ele estava acompanhado do filho André Kubitschek, diretor do segmento em suas empresas. Acabou sendo homenageado pelo presidente da sessão, Venezianio Vital do Rêgo (MDB-PE). “Quero saudar efusivamente a presença de um ex-companheiro, integrante desta casa, para tratar de questões que atendem aos interesses nacionais, sem perder de vista os do DF”.
Desde segunda-feira, o setor hoteleiro tem trabalhado para reverter os cortes determinados pela Medida Provisória (MP) 1.202/2023 no Perse. A primeira ação foi um almoço com a bancada do DF na Câmara e no Senado, que alinhou o apoio às demandas do setor. Estavam presentes os deputados Alberto Fraga (Republicanos-DF), Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF), Gilvan Máximo(Republicanos-DF), Bia Kicis (PL-DF), Rafael Prudente (MDB-DF) e Reginaldo Veras (PV-DF) e a senadora Damares Alves. Ausentes apenas Fred Linhares e a petista Erika Kokay.