As operadoras estão reagindo com investimentos em inteligência e mecanismos como token e biometria facial para tentar conter a ação de fraudadores
Por Samanta Sallum
Pesquisa do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), realizada pela consultoria Ernst & Young (EY), apontou que as fraudes e desperdícios causaram perdas estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões às operadoras de planos de saúde, só em 2022. A análise levou em conta dados financeiros de 14 operadoras e teve a participação de analistas jurídicos, de auditoria médica, empresas de tecnologia e instituições da área. O prejuízo equivale a 12,7% das receita anual do setor.
Notícias-crime
De 2018 a 2022, as associadas da FenaSaúde registraram 1.728 notícias-crime e ações cíveis no país relacionadas a fraudes, com o crescimento expressivo ano a ano. Só nos últimos dois, esses casos aumentaram 43%.
‘’Esses valores prejudicam diretamente os beneficiários de planos de saúde e as operadoras, que são uma importante engrenagem para o funcionamento do sistema de saúde do país. No final, todos pagam essa conta. São 50 milhões de beneficiários no país que precisam do serviço”, explica Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.
Sistema de proteção
Desde a identificação da escalada de fraudes contra planos de saúde, as empresas associadas à FenaSaúde têm redobrado as medidas para combater as ações que lesam o sistema. As operadoras mantêm áreas específicas e possuem mecanismos como token e biometria facial para tentar conter a ação de fraudadores.