Por Samanta Sallum
O carnaval se tornou uma fonte de oportunidade para duas amigas bem criativas iniciarem um novo negócio. A comunicóloga Tayná Haudiquet, 37, e a designer de moda Giovana Dachi, 35, ambas brasilienses, transformaram a paixão pela festividade em uma forma de ganhar dinheiro. Criaram a marca Parangolés.
Guiadas pela responsabilidade socioambiental, focam na reutilização de resíduos têxteis. Desde as primeiras peças, por exemplo, a Parangolés não descarta tecidos, e todas as sobras são armazenadas para as próximas coleções.
“A gente acredita que roupa de carnaval não é roupa descartável, carnaval é todo dia do ano. E é um estado de espírito. Como diz nosso slogan: ‘Requebrando com uma mão no joelho e a outra na consciência’, esse é o nosso propósito”, conta Tayná Haudiquet.
Inspiradas no Tropicalismo
Foi na folia de 2018, após produziram fantasias bem diferentes do que costumavam ver nas lojas, que tudo começou. A produção era composta por um maiô de tule transparente, que tinha duas margaridas nos seios, e um bordado com fitas de lantejoulas nas costas escrito “Eu não sou obrigada” — frase do movimento feminista que estava em destaque na ocasião. Assim surgiu a Parangolés, marca inspirada no Tropicalismo.
Slow fashion
A empresária explica que as roupas são feitas seguindo o princípio do upcycling, ou seja, são peças únicas. “O slow fashion tem essa lógica reversa da indústria, de fazer devagar, de fazer lento. O nosso sistema de produção respeita cada etapa da construção de um item, indo desde o design, passando pelos testes, até montagem e a finalização”, esclarece.
Superar a pandemia
A dupla de amigas teve de repensar a empresa com a pandemia. E procuraram ajuda do Sebrae/DF. “A parceria foi uma experiência ímpar de conhecimento de estratégia de negócio”, conta Tayná.
Para 2023, a marca lançou a coleção Utopia, inspirada na felicidade e na harmonia entre as pessoas, uma descrição criativa de uma sociedade ideal. Confira os looks no insta @useparangoles.
