Coluna Capital S/A, por Ana Dubeux (interina)
Há quase 30 anos em atividade com lojas tradicionais, o Liberty Mall, um dos mais conhecidos shoppings do DF, está revendo o seu conceito, com atenção direta aos produtores locais. O foco, agora, é a economia criativa. Feiras de artesanato, música e lojas voltadas à cultura de Brasília são alguns dos novos investimentos anunciados, visando atrair público e aumentar o faturamento.
Sem descuidar das lojas tradicionais, o shopping investe também em empreendimentos com perfil colaborativo. De acordo com o superintendente Alexandre Mendes, há pelo menos quatro anos o shopping observa o interesse do consumidor por lojas com tendências culturais e criativas. “A realização de feiras, eventos culturais e espaço coworking gratuito, aberto para palestras e outras atividades, são algumas das medidas tomadas para incentivar o empreendedorismo criativo”, conta.
A loja de camisetas Verdurão, afirma Mendes, é um exemplo que começou com o perfil colaborativo e hoje se estabeleceu no shopping com a estética da arquitetura de Brasília. A loja Cria Brasília também atua no espaço com base na cultura brasiliense, com foco em cores, formas e texturas do Cerrado.
Teatro e música
Além das lojas com perfil brasiliense, o shopping procura dar visibilidade à arte e à música. O grupo teatral Neia e Nando, de alta visibilidade em Brasília, por exemplo, tem sua sede no Liberty Mall. Alexandre Mendes ressalta que eles também possuem projetos com foco nas canções e grupos musicais de Brasília.
O shopping tem um piano de cauda no centro da praça de alimentação disponível a artistas que queiram realizar performances musicais. As feiras, por sua vez, seguem um novo conceito. “Não são as tradicionais feiras de artesanato. A meta é trabalhar com coletivos criativos.”
Ainda de acordo com o superintendente do Liberty Mall, o perfil criativo adotado tem apresentado crescimento orgânico, Pelo menos 10% das 61 lojas operam no formato colaborativo.