Coluna Capital S/A, por Ana Dubeux (interina)
Como tornar o ambiente de trabalho um local seguro e agradável para as mulheres? Esse é um dos desafios que 29 pesquisadoras de universidades brasileiras enfrentaram ao avaliar a presença feminina no espaço corporativo. Os estudos foram publicados no livro Mulheres, direitos humanos e empresas (editora Almedina Brasil). O ambiente de trabalho pode gerar grave risco para a sobrevivência, a segurança e a integridade das mulheres, constatam as pesquisadoras.
Melina Girardi Fachin, doutora em direito constitucional e uma das coordenadoras do projeto, aponta três grandes razões para a importância do olhar feminino na questão empresarial. A primeira é uma questão numérica. “Nós somos mais da metade da população. Então, é fundamental que a gente seja representada também nesses espaços de poder”, argumenta. A segunda razão não é apenas ética, mas também legal. “A igualdade de gênero faz parte dos princípios orientadores de empresas e direitos humanos adotados pela ONU em 2011”, lembra Fachin. E o terceiro motivo é econômico. “É economicamente lucrativo para as empresas (ter mais mulheres). Cada vez mais pesquisas mostram como as lideranças femininas também se convertem em bons resultados econômicos”, conclui.
O ambiente empresarial é predominantemente masculino. As mulheres que ocupam a mesma função que os homens recebem, em média, 30% a menos no fim do mês. “Eu diria que o principal desafio para as mulheres é romper essa barreira de gênero, que ainda é significativa. Adentrar nos espaços sem serem estereotipadas”, aponta Melina Fachin.
Defesa permanente
O Entre os Eixos do DF, evento realizado hoje (30/1) pelo Correio Braziliense, será o primeiro de uma série de encontros previstos para unificar o discurso em defesa de Brasília. Após a tragédia terrorista ocorrida em 8 de janeiro, é mais do que chegada a hora de resgatar os princípios da capital federal, estabelecidos por seu fundador. Como disse Juscelino Kubitschek, é deste Planalto Central que irradiam a fé e a confiança no destino do país.
Defasagem
Uma bolsa de mestrado em universidades públicas custa R$ 1.500, mas deveria ser R$ 2.636, caso a inflação dos últimos nove anos fosse reposta. Os estudantes recebem bolsa de doutorado de R$ 2.200, mas seria de R$ 3.867, pelo mesmo critério. O levantamento é da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). O governo Lula promete reajustar.
Só sei que foi assim…
Fiel aos ideais do mestre das Artes Ariano Suassuna, o Movimento Armorial 50 anos é sinônimo de sucesso por onde passa. Depois das exposições em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília, o projeto concebido pela produtora cultural Regina Rosa foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural. As temporadas serão em Campina Grande (PB) e no Recife, onde o movimento surgiu na década de 1970. A curadora da mostra é Denise Mattar.
Acordo histórico
Depois de participar de conferências sobre a democracia brasileira, em cidades italianas, o desembargador Souza Prudente, do TRF 1, fechou um acordo histórico entre a Escola Superior da Magistratura Federal (Esmaf) do Brasil e a Universidade de Siena. A parceria garantirá a formação cultural continuada dos magistrados em áreas de meio ambiente sustentável e direitos humanos. Em 24 de fevereiro, Prudente dará palestra no Congresso Internacional de Direito Ambiental Contemporâneo, em Salamanca, na Espanha. O tema da palestra é “Ecocídio do completo hidroelétrico de Belo Monte no contexto da agenda da ONU para o desenvolvimento sustentável do milênio”.
77,2%
Foi o incremento de vendas registrado pela Seguros Unimed nos segmentos Saúde e Odontológico em Brasília, no acumulado de janeiro a novembro de 2022. Na capital federal, a empresa tem 40 mil beneficiados.