Por Sibele Negromonte e Mariana Niederauer
Brasília entra no circuito do cuidado com o meio ambiente a partir de um projeto voluntário de reciclagem de esponjas. Vale as de uso corrente na pia da cozinha ou no banheiro. Durante uma conversa num café, duas amigas resolveram promover a mudança em seus bairros. Depois, outras duas se uniram ao grupo.
O projeto da Scotch Brite, em parceria com a Terracycle, permitiu realizar a meta. A cada item enviado e reciclado, um determinado valor é revertido a instituições de caridade. Nasceu, então, a Responja. “A nossa ideia é fazer isso em escala, para conseguirmos beneficiar de uma forma mais significativa essas entidades sociais”, ressalta Tamar Luz, que toca a iniciativa ao lado de Ana Carolina Sodré, Melina Flores e Rafaela Pires.
Pontos de coleta
Hoje, a iniciativa conta com 24 pontos de coleta residencial no DF, espalhados pela Asa Sul, Lago Sul, Sudoeste, Noroeste, Octogonal, Jardim Botânico e Águas Claras. Quinze moradores voluntários ajudam a reunir o material coletado para envio às empresas responsáveis pela reciclagem. O único ponto público é a Endossa, loja colaborativa na 306 Sul. A Responja foi lançada em julho e, desde então, já coletou mil esponjas.
Adote uma caixa!
As caixas coletoras são feitas pelos próprios voluntários e entregues gratuitamente para quadras, condomínios, escolas, clubes, órgãos públicos ou qualquer outro local em que haja interesse em aderir ao projeto. Informações pelo Instagram @responjabr_ ou pelo WhatsApp (61) 3548-5055.
Meta: lixo zero
Com um objetivo ainda mais ambicioso, a cleantech 4H, fundada em 2019 em Brasília, evoluiu, este ano, para um ecossistema que quer zerar a destinação de todos os tipos de resíduos para aterros sanitários até 2030. A empresa oferece uma plataforma que conecta os agentes do processo de descarte e reaproveitamento de resíduos. Agora, passou a fazer parte da comunidade internacional Cubo Itaú, para entrar em um ambiente digital com diversas oportunidades de negócios e aprendizados.
Cidades sustentáveis
Por falar em sustentabilidade, estão abertas, até 28 de fevereiro, as inscrições para estados, consórcios intermunicipais e arranjos regionais — grupos com vários municípios — se inscreverem no primeiro edital de chamamento público conjunto para estruturação de projetos no setor de Resíduos Sólidos Urbanos. Alguns dos principais ganhos previstos são a erradicação de lixões e redução da poluição. A iniciativa é fruto de parceria entre Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Caixa e BNDES.
Inovação recompensada
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançaram, ontem, chamada pública para selecionar até 300 startups brasileiras para o Programa de Internacionalização CNI-Sebrae Edição EUA 2022-2023. Os interessados podem se inscrever, de graça, até 20 de fevereiro pelo link bit.ly/3FtpFuE. O programa inclui capacitação virtual de um mês, com encontros semanais. Ao fim dessa primeira etapa, sete startups serão selecionadas para participar, em junho de 2023, de um programa de residência presencial de 10 dias em Nova York. Podem se candidatar pequenas e microempresas inovadoras com Receita Operacional Bruta
de até R$ 4,8 milhões.
Empresárias discutem o futuro da economia criativa
A última reunião do ano da Câmara de Mulheres Empreendedoras da Fecomércio-DF contará com a participação da futurista Lala Deheinzelin, pioneira da economia criativa no Brasil e conselheira especial da ONU. Com o olhar voltado para o futuro, conselheiras e empresárias da cidade discutirão as tendências que podem alavancar negócios diante de um mundo em transformação. Entre outros temas, Lala falará sobre economia criativa, compartilhamento de espaços e infraestrutura, parcerias e novas formas de monetizar produtos. O encontro será hoje, na Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac.
A volta das noivas
Depois de dois anos de distanciamento, em que os eventos ficaram em suspenso, os estilistas Fernando Peixoto e Patrick Noronha lançaram uma coleção inspirada no tempo, com 17 vestidos de noivas pensados para casamentos ao ar livre, a serem realizados durante o dia, até o pôr do sol. Para os estilistas, com a volta da normalidade, a vida ganhou um ritmo acelerado, e no segmento de matrimônios não foi diferente. As cerimônias canceladas durante a pandemia foram remarcadas, e os profissionais tiveram que correr para atender a demanda represada. A coleção foi lançada simultaneamente nos ateliês de Brasília e Goiânia.