Por Samanta Sallum
Amanhã será realizada a eleição para direção do Sebrae Nacional, apesar do pedido oficial do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para que fosse adiada para fevereiro. A questão é que o governo federal participa com representantes no Conselho Deliberativo e, atualmente, estes são indicados do presidente Jair Bolsonaro. O mandato do Conselho e dos três diretores do Sebrae (presidente, financeiro e técnico) é de 4 anos.
Indicação de Ciro Nogueira
O atual diretor-presidente, Carlos Melles, é candidato à reeleição. O diretor-financeiro, Eduardo Diogo de Siqueira, também se apresentou como candidato, mas acabou retirando o nome na reta final. Melles conseguiu construir uma chapa única com o apoio do ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira, que indicou o nome de Margarete de Castro Coelho para ser a diretora administrativo-financeira.
Risco de mudança
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apoia a chapa de Melles, que é ligado ao PL, partido de Bolsonaro. Margarete é do PP.
Uma medida provisória, no próximo ano, pode alterar a composição do Conselho Deliberativo, já que o governo federal tem 5 das 15 cadeiras e influência sobre outras. Mas será preciso também articular com as lideranças das confederações do setor produtivo, como CNA, CNC, CNI e outras, que apoiam Melles.