Por Samanta Sallum
A farmácia é o terceiro ponto de maior visitação do consumidor depois da padaria e do supermercado. A pandemia fez aumentar e consolidar a preocupação dos consumidores com a saúde e os cuidados pessoais. As vendas do setor dispararam. As 23 empresas que fazem parte da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) totalizaram R$ 32,5 bilhões de faturamento no primeiro semestre deste ano. É um índice 18,45% superior ao do mesmo período em 2020. Avanço bem maior que o registrado (8,8%) entre 2019 e o ano passado.
Higiene e delivery
Os medicamentos responderam por 68% do faturamento Mas houve alta na procura por itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, que geraram vendas de R$ 10,26 bilhões, um aumento de 19,07%.
O delivery e o e-commerce também foram pontos de destaque neste primeiro semestre, com alta de 72,51%.
Genéricos
Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, o setor vem crescendo acima da média na última década. O maior acesso aos medicamentos genéricos, que têm preços mais acessíveis, também colaborou para esse cenário.
Preços mais competitivos
“Hoje, a farmácia é um ponto de atenção à saúde, beleza e higiene. Nós conseguimos ter um atendimento melhor e um preço bem mais competitivo do que o segmento de supermercado” , explica o empresário Álvaro Silveira Júnior, sócio da rede Drogaria Brasil, vice-presidente da Fecomércio-DF e do Conselho Deliberativo do Sebrae DF.
Fortalecimento do comércio de vizinhança
O empresário aponta que há um espaço grande de crescimento ainda para as redes regionais. “Elas têm uma relação mais próxima com a comunidade e podem dar um atendimento mais atencioso”, avalia. Ele também reforça a importância das lojas de vizinhança. “Com a pandemia, os negócios se voltaram para a vizinhança, e cada dia mais o consumidor consome perto da sua casa. Esse hábito vai permanecer no pós-pandemia”, prevê.