Por Samanta Sallum
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) acompanha de perto as articulações que ocorrem na Esplanada – até mesmo com a atuação de lobistas – pela disputa de terminais aeroportuários. Na leva, estão vários do Centro–Oeste. Mas a polêmica da vez é a tentativa de anular leilão de concessão de sete aeroportos na Região Norte, realizado em abril. O motivo de pressão é a briga pelo terminal de cargas de Manaus. Um processo que começou em 2018, mas a Infraero desistiu de concluir a licitação ao perceber que o negócio não seria bom para a União.
Nas últimas semanas, a área técnica do MInfra notou a pressão aumentar no Congresso Nacional em diferentes bancadas parlamentares. E o ministro Tarcísio de Freitas reagiu, engrossou o tom.
“Estamos com a razão e defendendo o interesse público. Estamos com o bom direito do nosso lado. Não é por outra razão que o ministro Fux decidiu pelo nosso lado, não é por outra razão que o STF e o TCU estão do nosso lado. Sempre agimos com transparência”, enfatizou o ministro.
A SB Porto Seco, que ganhou o terminal de Manaus em 2018, não se conforma com a anulação do processo na época e a realização de um novo, que tem como vencedor agora a Vinci Airports, uma empresa francesa.
Centro-Oeste e Sudeste
O aeroporto de Brasília não passou por essas turbulências. O grupo Inframérica ganhou a licitação em 2012 e tem contrato até 2037. Mas diversos aeroportos no Centro-Oeste entraram nas rodadas recentes de leilão. Os próximos serão os de Campo Grande, Corumbá e o Internacional de Ponta Porã. O de Goiânia foi leiloado neste ano na mesma rodada de leilão do de Manaus.
O ministro afirma que a 7ª rodada de leilões, “cujos estudos no TCU estão adiantados”, tem previsão para ocorrer no primeiro semestre do ano que vem. E estão na lista Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP). “Vamos terminar o ano de 2022 alcançando a nossa meta de conseguir R$ 260 bilhões de investimentos”, destaca.