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Pesquisa CNI: falta de vacina emperra economia do país

Publicado em Coluna Capital S/A

Maioria dos brasileiros acha lento ritmo de vacinação e apoia a abertura do comércio.

Cresceu o pessimismo do brasileiro em relação à retomada da economia. Essa avaliação aumentou 10 pontos percentuais num intervalo de nove meses. Falta de vacina e a segunda onda da covid-19 derrubaram a expectativa de melhoria no cenário. A terceira edição da pesquisa Os brasileiros, a pandemia e o consumo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 71% das pessoas consideram que a economia vai levar, pelo menos, um ano para se recuperar. Em julho de 2020, eram 61%.

Esse sentimento impacta os hábitos de consumo e foi influenciado pela baixa taxa de vacinação: 83% dos entrevistados consideram o ritmo no Brasil lento. Dados oficiais do governo federal apontam que apenas 13,2% da população foi vacinada.

Acelerar a imunização

A CNI afirma que é urgente acelerar o ritmo da vacinação. “Só a imunização em massa da população contra a doença recolocará o Brasil no caminho da retomada da economia, do dinamismo do mercado consumidor e na rota dos investimentos. Mais importante, a rápida execução do Plano Nacional de Imunização — respeitando a ordem dos grupos prioritários — permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra essa doença, que tem trazido enorme custo humano para o país e o mundo”, ressalta Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

Perda de renda e redução de gastos

Entre os entrevistados, 46% viram a renda diminuir ou ser zerada pela pandemia.

Diante de todo esse cenário de crise, 71% da população afirma ter reduzido os gastos desde o início da pandemia. Nesse tópico, chama a atenção 37% dizerem que a contenção será permanente, percentual que há um ano estava em 29%.

A favor da abertura de comércio de rua

A pesquisa mostra que 61% apoiam a abertura do comércio de rua, enquanto em julho de 2020 eram 49%.

No entanto, caiu de 72% para 49% o percentual de pessoas contrárias à abertura de escolas e universidades.
Sobre salões de beleza, 51% não aprovam, em julho de 2020 eram 57%. No caso dos shoppings, 57% apoiam o fechamento, na edição anterior eram 69%.

O Instituto FSB Pesquisa entrevistou 2.010 brasileiros, entre 16 e 20 de abril, em amostra representativa da população brasileira.

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