A aprovação de reformas no Congresso e a vacinação em massa contra a Covid-19 são fundamentais para a plena recuperação da economia. É o que defende a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Isso foi dito ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em debate promovido hoje pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA).
“Além da conciliação inadiável da sociedade civil, precisamos aprovar as reformas administrativa e tributária para que possamos construir programas duradouros, com segurança jurídica. Caso contrário, não temos investimentos nem perspectivas”, afirmou o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, no seminário Supremo em Ação: Diálogo entre os Poderes pela Retomada Econômica do Brasil.
Empregos
O ministro Paulo Guedes minimizou o impacto da pandemia no desemprego. E ressaltou a criação de mais empregos este ano. Segundo o ministro, o diálogo entre os poderes permitiu a flexibilização das relações contratuais de trabalho. “Nos últimos quatro meses, foi criado 1 milhão de empregos. Isso foi possível graças a uma interpretação do STF que flexibilizou as regulações de contratação e impulsionou a economia do país”, ressaltou.
Auxílio emergencial
O presidente da CNC apontou que o auxílio emergencial do governo federal foi muito importante para reduzir os impactos negativos na economia.
“No mês de abril, o volume de vendas do comércio acumulou um recuo médio de quase 30% em apenas dois meses. O suporte financeiro do governo voltou a irrigar o bolso do trabalhador, evitando uma crise maior ainda”, analisou.
Aumento no varejo
Houve aumento do ritmo de vendas no varejo brasileiro a partir do terceiro trimestre de 2020. “O consumo foi restaurado rapidamente e hoje praticamente atinge patamares pré-crise.”
Alta no PIB em 2021
Sobre as expectativas de crescimento para 2021, as projeções da CNC estimam uma alta de 3,5% no PIB, em comparação a 2019; e de 5% no comércio, com destaque para a consolidação do e-commerce ocorrido durante a pandemia.