Pessoas com deficiência visual ou espectadores de olhos vendados vivenciam o teatro ativando a imaginação com estímulos sonoros, táteis e olfativos
Evento realizado com recursos do Governo Federal (MinC), repassados por meio da Lei Paulo Gustavo e administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Apoio da Feira do Guará, Gadim Brasil, ONG Amigos da Vida, CED 02 do Cruzeiro, Associação Candanga de Artistas Visuais, Restaurante do Lulinha, Academia Nad’arte, San Marino Cantina Italiana e Brasília Tátil.
“Depois de termos nos apresentado na CLDF, estamos radiantes em poder realizar estas duas últimas apresentações na Câmara e com apoio do poder público. O apio da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara foi decisivo”, alega entusiasmada.Além disso, depois de militar em favor da causa da Pessoa com Deficiência na Cultura por mais de 27 anos, Paula revelou ter recebido o diagnóstico de Autismo Nível 1 de suporte e Altas Habilidades na área de criatividade, inovação e pensamento divergente.
“Depois desta descoberta tudo passa a ter um outro sentido: autistas têm o seu próprio mundo particular, introspectivo, imagético. Por necessidade o mundo da pessoa cega também é assim, em face da condição da privação da visão. Os cegos se utilizam dos outros sentidos para se nortearem, autistas tem processamento sensorial particular, muitas das vezes sendo mais sensíveis a estímulos. No Teatro dos Sentidos estes universos particulares de duas condições distintas dialogam, entram em colaboração”, diz a diretora, que também é criadora do texto e da trilha sonora do espetáculo.
Com elenco formado por 19 atores que enxergam e uma pessoa cega (Oscar Capucho), e dois músicos (Marco Guedes na percussão e Kalley Seraine no violino), Feliz Ano Novo apresenta a história de Gabriel, um adolescente apaixonado.
Ele é filho de Roberto, um viúvo e Comandante da Marinha. O rapaz está na biblioteca de seu pai vasculhando em seus livros de Poesia, uma explicação para estes sentimentos que o deixam tão aéreo. Descobre a dedicatória de uma mulher misteriosa na Antologia Poética de Vinícius de Moraes. Vai até seu pai para saber sobre esta tal ”Dama do Mar”. Roberto relembra o romance que se iniciou numa passagem de ano, baile de carnaval com máscaras. Gabriel provoca questionamentos em Roberto, levando esta história ao um novo e surpreendente desfecho.
É uma técnica de encenação teatral desenvolvida por Paula Wenke, direcionada especialmente para plateias de pessoas com deficiência visual ou espectadores com os olhos vendados. Essa abordagem utiliza textos adaptados e estimula ao máximo os sentidos remanescentes—audição, olfato, tato e paladar—suprimindo a visão. O objetivo é proporcionar uma experiência teatral única, onde a imaginação do público é ativada através de estímulos sensoriais, permitindo uma compreensão completa da história encenada sem a dependência da visão.
Serviço:
O quê: Espetáculo Feliz Ano Novo – em celebração aos 25 anos do Teatro dos Sentidos
Quando: Na quinta-feira, 8 de abril
Onde: Salão Nobre da Câmara
Com Libras tátil
Classificação indicativa: 12 anos
@teatrodosentidos
Evento realizado com recursos do Governo Federal (MinC), repassados por meio da Lei Paulo Gustavo e administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. Apoio da Feira do Guará, Gadim Brasil, ONG Amigos da Vida, CED 02 do Cruzeiro, Associação Candanga de Artistas Visuais, Restaurante do Lulinha, Academia Nad’arte, San Marino Cantina Italiana e Brasília Tátil.

