Galeria 2 – Museu Nacional da República
No ano em que se celebram os 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal, o Museu Nacional da República em Brasília acolhe, de 14 de maio a 7 de julho, a exposição “Revoluções – Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974)”, do fotógrafo italiano Uliano Lucas, que expõe pela primeira vez no Brasil.
Evento de inauguração “Revoluções”
“Revoluções” é uma realização da Embaixada de Portugal no Brasil, da Embaixada da Itália no Brasil e do Camões Centro Cultural Português Brasília, em parceria com a Embaixada de Angola no Brasil, a Embaixada de Guiné-Bissau no Brasil, o Instituto de Letras da Universidade de Brasília UnB e a Cátedra António Lobo Antunes (Universidade de Milão/Camões, IP). A exposição conta com o apoio da Delegação da União Europeia no Brasil e a co-organização do Arquivo Uliano Lucas, da Cátedra António Lobo Antunes, da Universidade de Milão, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (projeto CROME e iniciativa “50 anos de Abril”) e do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.
Curadoria de Elisa Alberani, Miguel Cardina e Vincenzo Russo.
Nascido em 1942, Uliano Lucas cresce em Milão, onde frequenta o ambiente de artistas e intelectuais. Em suas primeiras fotografias, o protagonista é a cidade de Milão, em particular a vida artística nas décadas de 1960 e 1970. O ano de 1968 será fundamental para o fotojornalista italiano. Emerge então a importância do compromisso político que nunca abandonará, e que se reflete nas reportagens que faz, retratando os protestos estudantis e operários daqueles anos. O período seguinte é marcado por reportagens sobre os movimentos de libertação: o fotógrafo parte para o continente africano e os seus trabalhos são publicados em revistas alemãs e francesas, retratando a guerrilha, o quotidiano na floresta, a luta pela liberdade e o nascimento de novas democracias.
Posteriormente, Uliano Lucas viajará pelo continente africano acompanhando os processos de descolonização e as realidades e transformações destes países. Abordará também a violência em instituições psiquiátricas em Itália, denunciando a situação, bem como o fenómeno migratório no norte da Europa. Na década de 1990, para além das reportagens sobre países em guerra, documenta as transformações na vida quotidiana e no mundo do trabalho em grandes cidades italianas. Dedica-se, até hoje, às questões relacionadas com a emigração e a imigração.
Ao retratar e documentar fatos e contextos políticos e sociais contemporâneos de grande relevância, as fotografias desta Mostra ligam a história recente de Portugal, Guiné-Bissau e Angola, colocando em evidência os valores da Democracia, Direitos Humanos e Cidadania.
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Colóquio “Retratos das revoluções”
Nos dias 15 e 16 de maio, no auditório 2 do Museu Nacional da República, decorre o Colóquio “Retratos da Revolução”, com a participação dos curadores e de académicos brasileiros, numa realização do Instituto de Letras da Universidade de Brasília. Nesta ocasião, o público terá a oportunidade única de poder escutar e conversar com os curadores e de participar de uma mesa-redonda onde serão debatidos temas como a construção da democracia, a liberdade e a importância da memória histórica. A participação é gratuita e sem necessidade de agendamento prévio.
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Serviço:
Inauguração “Revoluções – Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974)”
Colóquio “Retratos das revoluções”
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