VISTO, LIDO E OUVIDO

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Um continente subjugado Num futuro próximo os historiadores e pesquisadores , que se debruçarem sobre o período fronteiriço entre os séculos XX e XXI na América Latina, irão se deparar com um continente marcado por transformações políticas tão bizarras, que não será surpreendente se essa fase vier a se conhecida e nomeada como a Idade Fantástica. A expressão irá se referir à um determinado tempo em que todo um bloco de países, incluindo o Brasil, mergulhou de cabeça num mundo imaginado apenas na mente de suas lideranças e que esse bloco teve em comum um receituário extravagante orgulhosamente intitulado de  bolivariano. O realismo fantástico contido no ideário denominado bolivarianismo e que, felizmente parece viver seus capítulos finais, saltou das páginas literárias para a vida real das pessoas. Ao contrário da ficção, que fez muito sucesso entre os anos sessenta e setenta, o bolivarianismo do século XXI nada tem de poético. Pelo contrário, trata-se de uma longa viagem,  noite adentro,  no mais puro mundo fascista, com todos os elementos que o caracterizam. É com se o continente tivesse evoluído da selvageria diretamente para a barbárie , sem conhecer a civilização. O personalismo, o uso desmedido de um populismo de cunho assistencialista e paternalista, o hipertrofismo dos sindicatos pelegados, o aparelhamento da máquina pública, a substituição do estado pelo partido, a perseguição aos oposicionistas, as falsas ameaças de golpe, a criação de um inimigo imaginário na figura dos EUA, a falsificação das contas públicas, o controle da mídia, a criação fantasiosa de um inimigo interno, a divisão da sociedade, a corrupção sempre maquiada , o enriquecimento pessoal e inexplicável dos líderes. Isso sem falar no estatismo de viés monocrático, a transformação de marginais do poder em heróis nacionais e uma infinidade de outras criações fantasiosas,  são elementos comuns à esse flagelo político que assola o continente na sua quase totalidade.  Não por outra razão, são justamente os mesmos países subjugados por estes tiranetes, aqueles que apresentam um processo acelerado de deterioração econômica e social. Para um continente, recém-saído de um período de ditaduras sanguinárias, a travessia rumo à democracia foi atalhada por uma pseudo e carcomida esquerda que subtraiu a oportunidade de liberdade plena em troca de um mundo de faz-de-contas.

A frase que não foi pronunciada: “Compram-se aplausos.” Detalhe esquecido pelos patrocinadores da “escola” de samba vencedora no RJ.

Crescente Dessa vez não deu para os professores liberarem algumas vias para a circulação do trânsito. O coronel Marcio Vasconcellos, responsável pela segurança dos manifestantes disse que foi impossível negociar a passagem dos carros em alguma das seis faixas do Eixo Monumental. Eram 5 mil manifestantes e 200 policiais.

Diz para eles Na Internet há uma mensagem significativa para quem acha que professor deve trabalhar por amor e parar de falar em dinheiro. Ao passar pelo caixa do supermercado o docente entrega um cartão e diz: “Pode passar todo o amor que tenho pela minha profissão.”  Como o saldo em dinheiro era zero as compras ficaram no mercado.

Como tentar? Nada boa a situação enfrentada pelas 14 regionais de ensino no D.F. Todos querem apoiar a gestão do governador Rollemberg. Independente disso, é revoltante ver 1 bilhão para a construção de um monstrengo e faltar dinheiro para pintar parede das escolas, fazer a manutenção da parte elétrica, ventilação e pagamento dos professores.

Quem te viu Situação mais grave é do Elefante Branco. Um dos primeiros colégios do Plano Piloto amarga o abandono total. Já foi condenado pela Defesa Civil várias vezes. Os corredores mais parecem um lugar mal assombrado. A diretora Joselma Ramos faz o que pode com a verba minguada. Só o básico é mudado, assim a reforma definitiva fica sempre para depois.

Com garantia Por falar em reforma, as empresas que vencem licitações para viabilizar a melhoria na estrutura escolar devem se responsabilizar pela obra entregue. Garantia de pelo menos 5 anos. Um valor maior a ser pago por uma qualidade melhor a ser entregue

Mais essa Se nas escolas é preciso inventar fórmulas pela qualidade dos serviços oferecidos à população, na área de Saúde a situação é ainda mais delicada. Imaginem um hospital público sem alimento para os pacientes, funcionários e acompanhantes. Depois dos 7 milhões pagos pela Secretaria de Saúde, a empresa Sanoli garante que a distribuição das refeições voltará à normalidade.

Sem cuidado Maria do Carmo Teixeira reclama do mato alto que impede a visibilidade em várias saídas da cidade. Uma delas é no Cruzeiro Novo. Reclama também dos parquinhos que estão abandonados, com brinquedos enferrujados e quase nenhuma areia.      

Ari Cunha

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