VISTO, LIDO E OUVIDO

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circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br   

Interina: Circe Cunha   
Colaboração Mamfil

Setembro Amarelo   Se existe um tema considerado tabu para a maioria das sociedades, em qualquer tempo, esse  tema , com certeza é o suicídio. A violência do ato de estancar a própria vida, causa tanto trauma e espanto nas pessoas de um modo geral, que o melhor mesmo é colocar uma pedra sobre o assunto sepultando o acontecimento trágico. Há o temor ainda de que  essa possibilidade, ao alcance de qualquer um,  venha a acontecer a qualquer instante, por motivo banal. Curiosa essa potência que é conferida ao homem.  Na concepção filosófica de diversas religiões, Deus é apresentado como um ser onipotente  e eterno. E mesmo Ele, todo poderoso, não pode dar um fim a si próprio, dado que é imortal. Arrancar a vida é, pois,  um drama eminentemente humano.  Estranho também é o tratamento que muitas religiões dispensam ao suicida, vedando-lhe muitos dos rituais fúnebres, inclusive afastando sua sepultura das demais, como que marginalizando o defunto.   Tabu ou não, o fato é que aproximadamente 800 mil pessoas se matam a cada ano, 2.200 a cada dia, e um novo caso é registrado a cada 40 segundos. No Brasil, são aproximadamente 12 mil casos por ano, o que dá uma média de 32 suicídios por dia. O Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo. Neste ranking macabro, o Rio Grande do Sul lidera, com 10,2 mortes por suicídio para cada 100 mil habitantes. Brasília apresenta uma taxa de suicídio de aproximadamente 4,95 óbitos para cada 100 mil habitantes, bem próximo da média nacional  que é de 5,01/100 mil pessoas. O isolamento e a solidão são as causas mais comuns que levam ao suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 90% dos casos os suicídios são previsíveis por estarem associados a doenças e distúrbios de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis, principalmente a depressão, esquizofrenia, uso de drogas e outros. Por isso, procurar ajuda é fundamental. Os Centros de Valorização da Vida CVV faz um trabalho voluntário de apoio emocional  desde 1962, através do número (141) e pela Internet pelo site(http://www.cvv.org.br/site/chat.html ).  Durante todo o mês de setembro será realizada a campanha Setembro Amarelo (Falar é a melhor solução). Dia 10 de setembro será celebrado também em todo o mundo o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, promovido pela Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio (IASP). A ideia da campanha é pintar, iluminar , estampar  e dar destaque a cor amarela em tudo, chamando a atenção para o problema e para o poder da ajuda na hora certa.   A frase que foi pronunciada: “Ao pedir a chuva esteja preparado para a lama.” Quadro na clínica Villas Boas   Pesquisa É aguardada a visita do biólogo e professor Alysson Muotri que faz parte da equipe que pesquisa métodos de alteração de neurônios. Um passo importante para a cura do autismo. A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática  do Senado marcou o encontro para o dia 22.   Laboratórios Agora é o momento de os cientistas brasileiros se fazerem presentes no Congresso Nacional. A grande barreira para o desenvolvimento científico no Brasil é a falta de proteção à Propriedade Intelectual nacional.     Talento da cidade Miquéias  Paz se apresenta de sexta a domingo na Funarte. O projeto Território Paranoá-Eixo Cerrado Amazônico tem preço acessível. A intenção é lotar o  Teatro Plínio Marcos. O teatro será um livro aberto onde Miquéias traz à memória dos fãs o bebê e o palhaço, o incêndio, o ônibus.   Pátria da violência Uma pena. A Jovem Pan era a única rádio que conseguiu se sustentar sem noticiar violências urbanas. Caiu na rede e agora se igualou. Enquanto isso, projetos de Educação que dão certo não recebem o mesmo grau de publicidade.   Leitor  Eurípedes de Freitas colabora com a coluna trazendo o seguinte texto:(…)Nunca duvidei de que as mazelas da educação no Brasil não estão na escola: ESTÃO NA FAMÍLIA. É da família o dever prioritário de educar (Artigo 227 da Constituição). É na família, onde há “vínculos de sangue” que não há em nenhum outro ambiente, que a criança recebe os ensinamentos para desempenhar uma cidadania responsável, aprende a conviver em sociedade. É isso que nos distingue dos animais irracionais. Reveladoras são as palavras finais de sua coluna: A escola ENSINA, a família EDUCA.

Ari Cunha

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Ari Cunha

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