VISTO, LIDO E OUVIDO

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Interina: Circe Cunha
Colaboração Mamfil 

Personalismo versus República
Tomado no seu sentido estritamente político, o personalismo, quando os interesses individuais se sobrepõem aos da coletividade. Faz das lideranças no poder um fim em si mesmo. Essa tem sido a marca de nossa pobre República desde sua fundação em 1889.
A República, que viria para sanar esse vício característico da monarquia, elevou o culto da personalidade a outro patamar, dando um verniz racional ao antigo culto da pessoa. Isso sem nunca descuidar da ideia de que o indivíduo, cingido pelo poder, é o ponto de referência de tudo o que esta à sua volta, inclusive o Estado.
Se fosse elencada, dentre todas as possibilidades causais, aquela que mais diretamente está na raiz da grande crise que o país atravessa,  logo vem à tona a razão moral e ética e subjacente a elas a questão do personalismo na política. À nossa moda, o termo: “Eu sou o Estado”, se aplica muito mais ao caso brasileiro do que foi, no passado, para a França absolutista. Em bom português temos que a origem de nossas mazelas políticas, desde sempre,  decorre da confusão entre o indivíduo e a instituição, elevando o primeiro e colocando o segundo à seu serviço.
Não é outra a razão da crise atual. Elevados acima dos poderes do Estado, nossos homens, dito públicos, são capazes de arrastar toda uma Nação ladeira a baixo pela simples razão de serem o que são: a encarnação das próprias instituições do Estado.  Temos, no caso atual, uma crise de homens, envoltos em suas contradições internas, alheios ao mundo em seu entorno, exigindo, antes qualquer coisa, o sangue de todos, desde que preservem o seu
A bem da verdade, a crise não é dos brasileiros, não foi gestada pela nação. A crise atual tem seu início e fim nos donos do poder.
Imputar ao povo que rala pesado  a crise atual, debitando em sua conta os desacertos de um modelo de país  improvisado é fácil. Difícil é reconhecer que o personalismo na política brasileira tem sido ao longo dos séculos, a origem das crises cíclicas. De todas elas.
A frase que não foi pronunciada:
“Notas quentes sobre notas frias.”
Manchete em breve

Desperdício
Carta do leitor José Avelino Oliveira adverte que 30 lâmpadas ficam acesas dia e noite nas estações do BRT localizadas em frente ao SMPW Quadra 7 e próxima a entrada do Country Club e pergunta quem é o responsável por esse absurdo.

1986, a reprise
Outra carta de R. Prestes nos conta que o supermercado Pão de Açúcar também aproveita a madrugada. Nesse caso, para remarcar os preços avidamente.

De olho
José Esteves Rabello traz à baila a discussão sobre entes do setor público que se acham no direito de trafegar por calçadas e gramados desrespeitando o patrimônio dos cidadãos.

Senadores
       Quem não está nada satisfeita com a PEC87/2015 é a senadora Simone Tebet. Ela explicou que os Fundos Constitucionais têm o objetivo de diminuir as desigualdades regionais e a pobreza. Disse que nos últimos 25 anos foram criados 6 milhões de empregos graças ao financiamento do setor produtivo por meio dos Fundos e criticou veementemente a Proposta de Emenda à Constituição. A matéria ainda está na Câmara dos Deputados.

Consistência
Além da senadora Simone Tebet, Fernando Bezerra, Lucia Vania e Waldemir Moka criticaram a inabilidade política do governo federal. Simone Tebet é uma promessa para a presidência da República nas próximas eleições. Guardem essa informação.

Registro
       Bernardo Cabral tomou posse na Academia de Letras do Brasil. O ex-ministro ocupou a cadeira cujo patrono é Cruz e Souza. O autor da saudação foi o acadêmico Anderson Braga Horta. Fontes de Alencar é o presidente da Academia.
Ari Cunha

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Ari Cunha

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