VISTO, LIDO E OUVIDO

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Qualquer caminho serve para quem não tem rumo No livro Alice no País das Maravilhas ,de Lewis Carrol, escrito há 150 anos, talvez esteja uma pista que revele aos brasileiros a  situação em que se encontra hoje a atual ocupante do Poder Executivo e por extensão, o próprio país. Alice cai em um buraco no jardim, numa metáfora em que sugere que “ela caiu  em si mesma”. No mundo fantástico em que passa a atuar , a personagem se depara com um gato sobre uma árvore. Aturdida com a nova realidade e sem saber para que lado deve seguir , pergunta ao gato: Para onde vai essa estrada? – O gato responde com uma pergunta: Para onde você quer ir? – Alice confessa: estou perdida. Então o gato arremata: Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.  A cada plano que lança, com pompa e circunstância, guiada apenas pelo receituário contido na cartilha do marketing mágico, a presidente vai mostrando à um país boquiaberto que não sabe como sair do país das maravilhas que ergueu para si e no qual contribuíram todos aqueles que ela ainda crê serem seus amigos fraternos de jornada.  Pode ser que dessa ficção em que mergulhamos todos de cabeça, venha à tona uma lição prática, que ensine à uma nação ainda aprendiz nas artes da democracia, que o modelo imperial de presidência, perdulário e arrogante, não serve mais para um país que anseia a modernidade. Muito menos serve o outro modelo de governo de coalisão, onde todos querem, a qualquer custo, apenas o bônus ou a parte boa da maçã. Economistas são unânimes quando declaram  que o país adentrou naquele terreno pantanoso da economia denominado déficit estrutural que seria , mais ou menos parecido quando um corpo perde sua ossatura e sustentação, resultando daí num organismo incapaz de se por de pé. Na distância que separa o país criado pela imaginação de nossa Alice e a realidade das ruas que se avoluma, talvez esteja o caminho que leve de volta ao Brasil que nos pertence de fato e de direito.

A frase que foi pronunciada:

“Nós aqui sabemos o que deveríamos ter feito ontem, e sabemos o que devemos fazer amanhã, mas nunca sabemos o que devemos fazer hoje.”  Lewis Carroll em Alice no país das maravilhas

Partida Vadim Arsky se despede dos colegas da Universidade de Brasília e da cidade. Parte para pós doutorado na Flórida em agosto. É bom que saiba que fez falta na festa da Embaixada da França.

Dos melhores Por falar em música, em Fortaleza aconteceu o CVII Festival Eleazar de Carvalho. Com a direção artística de Sonia Muniz de Carvalho os concertos foram franqueados ao público. Belo programa para se organizar e participar em 2016.

Honra ao Mérito Lá estava um quadro em homenagem a Maria Augusta Erich de Menezes. Maria do Barro foi uma das pessoas que mais trabalhou pelos marginalizados do DF. Sem apego algum, nunca deu nada de graça. Quem queria tijolo fazia telha. Quem queria dinheiro ajudava com a horta comunitária. Até hoje um pedacinho do seu trabalho sobrevive em Planaltina DF e na Barrolândia. Há que se registrar que Weslyan Roriz foi sua amiga até os últimos momentos.

Golpe livre Inmetro tem que se fazer mais presente para inibir o golpe da indústria. Apesar dos preços subirem os produtos estão definhando. Outro dia a amiga Maria Lucia Simões mostrou uma caixa de bombons Garoto ilustrada internamente com chocolates enormes e os filhotinhos soltos. Além disso, sabores estranhos reforçaram o sentimento de estar sendo trapaceada.

Por todo lado Está programado para 3 de setembro um projeto que vai aproveitar embalagens para divulgar a arte de Brasília. Sacos de pão seriam o primeiro passo. Há tempos a Kibon teve um projeto similar que espalhou grandes pintores nos armários da cozinha. Cadernos também têm sido usado com sucesso como veículo de divulgação de arte.

Ari Cunha

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