VISTO, LIDO E OUVIDO

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RetrocessoCaso o Brasil venha perder , de fato, o grau de investimento pelas agências de risco internacionais, estará formada a tempestade perfeita, fechando assim o ciclo de uma década de políticas econômicas erráticas e que terão necessariamente desdobramentos negativos nos próximos dez anos. 

Na verdade, o investidor estrangeiro já enxerga essa possibilidade como um fato consumado. A prova é que aumentaram os custos para o seguro contra o calote brasileiro nas principais praças comercias do mundo.O Brasil se situa hoje a apenas uma nota de perder seu grau de investimento, o que em outras palavras significa a redução do número de investidores comprando os papeis da dívida pública e consequentemente uma maior dificuldade de rolagem do déficit externo, superior hoje a 4% do PIB. Em resumo, seria um retrocesso que custaria anos de esforço e uma perda significativa , sobretudo para as próximas gerações.Por outro lado, a fuga de dólares para o exterior aumentaria a cotação do dólar, dificultando e encarecendo o pagamento e o financiamento da economia nacional. Em suma, o quadro mais provável é que o dinheiro irá desaparecer. Fosse essa a única pedra no caminho do Brasil, o problema seria mais simples de resolver. Ocorre que por trás da crise econômica que se arma, outra maior, representada pelo impasse político, que colocou boa parte da República no rol de suspeição de crimes, vem ameaçar, de fato, o futuro do país.  O avanço das investigações da Operação Lava Jato, que por sua amplidão,  poderia muito bem ser batizada de Lava República, ameaça a continuidade institucional do governo, atingindo indistintamente Legislativo e Executivo. Como é impossível separar gestão política do Estado,  da conjuntura econômica e, tendo em vista que ambas estão na ante-sala do crematório, restam à sociedade dois caminhos possíveis e ambos traumáticos: as ruas e a lei fria sem comiserações para todos os envolvidos.

A frase que foi pronunciada:

       “”O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem.”  

Rui Barbosa

Resíduos

Cooperação bilateral em resíduos sólidos entre Coréia e Brasil  tem sido importante para encontrar soluções compartilhadas entre municípios para o manejo adequado do lixo. “O propósito da cooperação é valorizar as boas práticas brasileiras de redução, reutilização, reciclagem e destinação adequada de resíduos sólidos, criando condições para que os consórcios possam se consolidar, ampliar e qualificar a gestão dos resíduos sólidos em seus territórios, com o engajamento do poder público e da sociedade”, disse o gerente de Resíduos Sólidos do MMA, Eduardo Rocha.

ParceriaNa comunicação do MMA vem a informação que o acordo Coréia e Brasil vai beneficiar 305 mil pessoas. Há um processo seletivo para consórcios públicos intermunicipais que atuam com resíduos e buscam recursos para implantar projeto na região de atuação.

LeitorA pedido do leitor Rogério Vianna, analista de C&T que se aposentou no MCTI fazemos a seguinte enquete: O que a população acha de dar outra destinação à área do autódromo? Na missiva nosso leitor justifica a falta de atividades em um terreno nobre da cidade que é totalmente obsoleto.

InvestigaçãoEstá lá o projeto da ponte que liga o  Setor de Mansões Lago Norte à UnB. Ao que tudo indica, terrenos que foram desapropriados pela Terracap para este fim, estão ocupados ilegalmente.

Silêncio que condenaPor falar em investigação o deputado do DF Izalci chama a atenção para a atuação complacente da CGU e AGU para com o governo.  O fato foi levantado durante a reunião da CPI da Petrobras, na qual foram ouvidos o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Valdir Simão. Outra questão levantada é a omissão do Cade e Coaf sobre as movimentações milionárias em contas bancárias. Não há indicações de que despertaram alguma suspeita.

Concurso

Outro levantamento feito pelo deputado Izalci é a falta de corpo profissional para que a CGU e AGU possam executar o trabalho de fiscalização e controle de órgãos do governo.

Mais uma

José Marques, nosso leitor conta que serviu no TCU por mais de 35 anos. As pedaladas fiscais são graves infringências legais por falsearem as contas públicas com fins políticos. Ao apontar as irregularidades à opinião pública, o TCU cresceu como instituição séria. Mas se ele não se pronunciar a Corte de Contas cairá rapidamente no descrédito público.

Circe Cunha

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Circe Cunha

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