VISTO, LIDO E OUVIDO

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A Nação ainda aguarda uma explicação   Na visita que fez à Rússia na semana passada, mais do  que avanços e tratados nas áreas econômicas entre os países que formam os Brics , a presidente Dilma trouxe para casa um enorme baú que ainda permanece fechado e mantido bem  longe dos olhos da população. Nele deve estar guardado  um imenso volume de documentos que explicam o encontro “não agendado” ( eufemismo para atividades republicanas feitas fora do alcance da nação)  que poderão convencer a todos de que a reunião marcada às pressas entre os chefes do Executivo e o da mais alta Corte do Brasil, aconteceu meio por acaso, à meio caminho entre o Planalto e a cidade de Ufá, num clima de descontração e outras explicações prosaicas.  Fossemos um Estado onde as instituições funcionassem não à base do compadrio e da troca de favores e prebendas, essa reunião, feita na calada da noite, já seria motivo mais do suficiente para a abertura de um processo de impeachment, com responsabilizações para ambas as partes. Mas em se tratando de Brasil, tudo  pode acontecer. Surpreendidos com a divulgação do encontro na cidade do Porto, os porta vozes cuidaram de manter a aparência de tranquilidade para explicar que os temas tratados passaram longe do volumoso processo da Lava Jato e versaram apenas temas amenos como o reajuste do Judiciário. Lembremos que em outro encontro rumoroso, acontecido no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, Lula “tentou” convencer o ministro do STF Gilmar Mendes a adiar  o início do julgamento do mensalão, na esperança de que o processo pudesse prescrever e ser engavetado. Naquele caso foram colocados panos quentes sobre a reunião afrontosa e a República seguiu em frente. Desta vez a nação aguarda uma explicação melhor. A frase que foi pronunciada: Daria tudo que sei pela metade do que ignoro. René Descartes, com um quê de jornalista.   Vendido   Cidadão está cochilando em casa e recebe o telefonema de um amigo que trabalha em cartório dizendo que o preço cobrado pelo terreno no setor de mansões do lago norte estava bem abaixo do mercado. Sem entender nada, o cidadão perguntou de que terreno o amigo estava falando.  “O seu!”. Quem tem terrenos pelo DF é bom ficar de olho. O caso é de polícia. Manipulação   Campanha pelo Facebook para acabar com a Agefiz mais parece jogada de gente contrariada pela punição. Antes de comprar uma briga é bom conhecer a fonte! O melhor   É possível sim, a Saúde ser modelo no Brasil. O Hospital Sarah é público. O que o faz diferente dos outros é a gestão. Corpo funcional exclusivo e devidamente capacitado, bem pago, sem possibilidade de gazetear. Investimento maciço em  equipamentos modernos, instalações impecáveis. Conhecido   Professor Júlio Gregório não conseguiu ficar sossegado no evento anual da Embaixada Francesa. Todos que o abordavam queriam apresentar alguém, dar alguma sugestão ou ouví-lo sobre algum assunto. Simpático e sem assessores paredões deu atenção a todos.   Novidade   Quem espalha geladeiras pelas ruas do Guará é educador Lucas Rafael. Como é difícil descartar o eletrodoméstico a ideia é proteger os livros armazenados lá dentro que ficam à disposição da comunidade.   Ipês Sempre que apreciar os ipês de Brasília lembre-se de Ozanan Coelho. Foi quem plantou milhares de árvores no DF.

Circe Cunha

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