VISTO, LIDO E OUVIDO

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    Um anjo chamado Marinalva   Recebemos das mãos da doutora Maria Tereza Bezerra Mariz Tavares o livro A Dama da Liberdade do jornalista Klester Cavalcanti. Nele, os brasileiros poderão conhecer um pouco mais de perto o trabalho da auditora paraibana Marinalva Dantas, de 61 anos, frente ao Grupo Móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho, responsável direto pela libertação de 2.354 pessoas do trabalho escravo, nos mais recônditos lugares do Brasil. Por mais de dez anos essa servidora pública e sua equipe seguiram diuturnamente a trilha deixada pelos aliciadores de mão-de-obra escrava, na sua maioria gente humilde e sem instrução. Partiram para a perigosa missão de identificá-los, um a um, libertando os cativos e mandando para a cadeia, sob pesadas multas, fazendeiros e homens de posse de todas as regiões do país. Para se ter uma ideia do perigo que ronda esses profissionais do Ministério do Trabalho, basta lembrar que depois de 11 anos, ainda se arrasta nos meandros da justiça o caso dos 4 auditores fiscais mortos por pistoleiros em uma emboscada quando fiscalizavam a existência de trabalhadores de uma fazenda em Unaí  cujos trabalhadores não tinham registro na carteira e recebiam salários inferiores ao mínimo. Segundo dados do governo desde 2014 mais de 50 mil pessoas foram resgatadas do regime forçado de trabalho. Para um trabalho dessa natureza, onde a morte é resposta para quem busca perguntas indiscretas, Marinalva pode verificar ainda, que bem mais perigoso do que pistoleiros e matadores de aluguel em seu encalce, é enfrentar a ira traiçoeira e blindada da justiça dos políticos, sobretudo daqueles que se valem do trabalho análogo ao escravo em suas propriedades. Estão neste rol desde deputados estaduais, federais, prefeitos e  até um ex-vice presidente da República, todos ávidos por aumentar sua riqueza pessoal a qualquer custo. Todos fidalgos inalcançáveis de um Brasil que ainda vive o drama negreiro, noutro tempo, com outra gente, mas a mesma mentalidade.   A frase que não foi pronunciada: “Nas voltas da vida, sua fé é o que finaliza com o laço!” Dona Dita embrulhando o presentinho da neta.   Decifrações   Na UnB, a Faculdade de Comunicação lança a exposição UnB-se: Decifrações. Os olhares de Anna Magalhães, Camila Castro, Gabriela Borges, João Saenger, Mayna Ruggiero, Matheus Carvalho, Rodrigo Eira, Rose May sobre o dia a dia na Universidade de Brasília podem ser visitados a partir de amanhã das 9h às 19h, na Ponto Galeria,  subsolo do Café Cobocó, 704 Norte. As fotografias ficarão expostas até o início de julho. Estação 102 Sul   Pessoal que participa hoje do Passeio Ciclístico terá acesso livre ao Metrô DF entre 7h e 13h. A iniciativa faz parte do Junho Verde, coordenado pelo GDF. A expectative é reunir 500 pessoas. O evento é organizado pelas secretarias de Meio Ambiente e de Mobilidade. A meta é chamar a atenção para um debate sobre a mobilidade urbana e políticas públicas que funcionem na prática para o uso da bicicleta. Há uma regra que precisa ser obedecida na Estação do Metrô para o passé livre. Apresentar a bicicleta ao agente de estação dizendo que irá ao Passeio Ciclístico pela Mobilidade Sustentável.   De lupa Mais duas medidas provisórias chegam no Plenário do Senado. Uma que muda a Lei que instituiu o Regime Diferenciado de Contratações Públicas e outra que trata da iluminação dos Jogos Paralímpicos.   Absurdo Usar a Internet para divulgar cenas do trabalho de tratar do corpo de um morto famoso é um crime abominável. Muito pouco demití-los e processá-los por vilipêndio a cadáver. Os sites que replicaram as imagens também devem responder criminalmente.

Circe Cunha

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Circe Cunha

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