Quando Leviatã visita a casa da mãe Joana para discutir o neo feudalismo.
Entra governo , sai governo e o fenômeno das invasões de terras públicas persistem, num ciclo quase contínuo. O problema é antigo e remonta à época da construção de Brasília. Naquele tempo, no entanto, a questão era tratada de forma rápida e bruta, não dando espaço para contestações já que a capital , em formação, não admitia mudanças de rumos e de destinação para áreas que iriam receber futuros projetos.
A partir da emancipação política da cidade, trazida pela Constituição de 1988, as invasões ganharam um tremendo impulso, motivadas pelo interesse de alguns oportunistas que viam na distribuição de lotes e na ocupação irregular de terras públicas uma excelente moeda de troca. Nascia assim , à sombra do poder, uma rendosa indústria de invasão de terras que reunia grileiros espertos, políticos astutos e empresários gananciosos.
Pouco mais de uma década depois, mais de um milhão de novos habitantes passaram a ocupar vastas extensões de terras ao redor da cidade. A constituição sem critérios de inúmeros condomínios residenciais ganhou força e hoje é uma realidade que desafia qualquer tentativa de planejamento e urbanismo. O inchaço desordenado da capital , com a formação acelerada de inúmeros bairros, trouxe também novos desafios para a cidade e importou velhos problemas que a muito anos afligem a maioria das cidades brasileiras.
Com o desmonte das estruturas de fiscalização, as invasões ganharam força inclusive entre as classes de alta renda. Estudo recente , feito pelo deputado Joe Valle (PDT) revelou a existência de 1.574 hectares de áreas públicas ocupadas irregularmente nos Lagos Sul e Norte. Curiosamente são essas invasões, feitas por pessoas esclarecidas e de posses, aquelas que dão mais trabalho aos órgãos de fiscalização e que mais resistem à desocupar o que foi tomado ilicitamente. Para tanto esses invasores ricos contam com outra indústria em seu benefício: a indústria de liminares da justiça.
A frase que não foi pronunciada:
“Que rufem as panelas antes do grande ato!”
Chamada adaptada para um novo 2015
Dúvida
Em que caso os acusados beneficiados pelo STF para a prisão domiciliar se encaixam? Têm mais de 70 anos? Algum está acometido de grave doença? Filhos menores ou com deficiência física ou mental? Gestante?
Venceu
Rolando Valcir Spanholo, juiz com 38 anos de idade afirma que disciplina e motivação o ajudaram a mudar de profissão. Deixou de ser borracheiro.. O advogado foi recém empossado e é de Sananduva, no Rio Grande do Sul, Foi aprovado na mesma seleção feita pela miss DF Alessandra Baldini.
Dúvida
Mais uma razão para a construção do corruptômetro. Depois da declaração do ministro da Educação de que a verba de 2015 para novos contratos do Fies acabou fica a pergunta: para onde foram os mais de R$ 2 bilhões?
R$ 2,5 bilhões.
A fome de legislar
Mais uma lei infrutífera. Prender assassinos de animais.Missiva de Roldão Simas argumenta sobre a terceirização: “O mesmo governo que reduziu os impostos dos automóveis e da linha branca de eletrodomésticos para aumentar o mercado interno e aquecer a economia, agora se empenha, com unhas e dentes, para aprovar com urgência a terceirização dos empregos sem que se saiba qual seria o ganho para o país.”
Discute ainda sobre a redução do poder aquisitivo da população, o que vai incrementar a crise econômica. A grande dúvida é a quem interessa a terceirização oficializada? A Petrobrás já tem 300 mil terceirizados e menos de 80 mil empregados próprios. Os países só crescem com o aumento do mercado interno. Vide EUA, Japão e China. Há uma contradição ambulante no Alvorada.
E o troco?
Outro argumento apresentado contra a terceirização é que enquanto a contratante pública paga $9 mil por um trabalhador, e este vai receber no máximo R$3.500,00.