Guerra de culturas
Com os atentados à sede do jornal francês , o mundo, sobretudo o continente europeu, volta a assistir cenas de velhos capítulos de tensão armada que pareciam ter adormecido após a queda do Muro de Berlim. A escalada do terror coincide com um momento particularmente difícil para o continente, mergulhado numa crise de identidade entre ser uma união com forte propósito ou um simples aglomerado de países que mal conseguem resolver seus múltiplos problemas internos. Nesse caldo de insatisfação coletiva, em que a Europa se move, o cidadão médio se vê agora colocado no centro de um turbilhão provocado por manifestações de toda a ordem. De um lado estão os céticos que não acreditam numa Europa unida e estável com tantas nacionalidades díspares . Em outro canto, e ainda mais preocupante, está a massa crescente de populações que vai aderindo ao chamado de partidos xenófobos, com sua antiga mas ainda eficaz, pregação racista . Para aqueles grandes contingentes de jovens europeus que não conseguem vislumbrar um lugar ao sol nessa união, parte significativa dos problemas econômicos, sociais e políticos do continente resultam do crescimento incomum da presença de imigrantes e por isso aderem ao proselitismo fácil da ultra direita. O caldo vem engrossando desde os ataques em Nova York em 2001 e parece não ter atingido ainda seu ponto de ebulição máxima. Para piorar a situação , o grande contingente de pessoas que se identificam com o Islamismo na sua vertente fundamentalista, descendentes ou não de mulçumanos, ao se verem na condição de cidadãos de segunda categoria, alijados do processo de integração europeu, são atraídos e colhidos por cléricos radicais, doutrinados por grupos clandestinos, passando a integrar as forças do Estado Islâmico que lutam na fronteira entre Iraque e Síria. Esses novos milicianos , regressados de sua” guerra santa” em terras distantes, vem se juntar à massa dos descontentes, empurrando o velho continente para o abismo da instabilidade generalizada. Ressalte-se aqui que a Europa vive hoje um drama humano sem precedentes, representado pela imigração desordenada de grandes populações fugidas das guerras e da fome que assolam a África e o Oriente Médio e que encontram na travessia do Mediterrâneo uma solução de emergência. Xenofobia, fundamentalismo, racismo, terrorismo, somadas aos deslocamento em massa de populações, compõem hoje alguns dos ingredientes do imenso caldeirão fervente que vai cozinhando a Europa pelas beiradas, ameaçando se estender para o restante do mundo.
A frase que não foi pronunciada:
A cultura brasileira é permeada por uma ambiguidade ética em que termos como “honesto”, “corrupto”, “esperto”, “otário”, “malandro” e “mané” se misturam num confuso caldeirão moral .
Antropólogo Renato da Silva Queiroz,
Engajamento
Os 60 mil funcionários da Educação no DF se dividem entre professores na ativa, aposentados e auxiliares de ensino. Imaginem o ganho para a cidade se todos fossem valorizados e trabalhassem felizes. Rose Correa representante do Sindicato da classe está disposta ao diálogo mas fala firme e exige respeito para a classe.
Sem fundos
Em vários municípios do país o valor do programa Bolsa Atleta de 2015 sofre redução como consequência da baixa arrecadação. No Município de Campos dos Goytacazes o ICMS e a baixa cotação do barril de petróleo no sustentaram o estímulo ao esporte. O corte publicado no Diário Oficial carioca chegou a 25% e foi assinado por André Felippe Falbo Ferreira, presidente da Fundação Municipal de Esportes. Isso a um ano das Olimpíadas.
Pelo trabalho
Estudo detalhado da Codeplan serve de ferramenta para novas ações do governo. A intenção do presidente Júlio Miragaya é tornar o DF menos desigual promovendo micro e pequenas empresas que passem a gerar empregos fora da área central, que é extremamente concentrada. O desafio de criar 550 mil empregos será das administrações regionais.
Proibido
Divulgado na imprensa o ocorrido com a nutricionista Tathi Lemes, 33 anos. A filhinha de 3 anos viu um pacotinho de bolo com o desenho do Bob Esponja e pediu para a mãe levar Ao chegar em casa, o susto. O bolo estava coberto de mofo. O fato que chama a atenção no episódio é o Bob Esponja. O Conanda não está atento à proibição de propaganda que induza crianças a querer produtos pela atração visual.
Criatividade
O que acontece na verdade é que o prejuízo com o fim da publicidade infantil é enorme. Levantamentos mostram que o corte na arrecadação de impostos sofreria até R$ 2,2 bilhões, menos 720 mil empregos e menos R$6,4 bilhões em salários. Assim como foi com o tabaco que vendia o fim da vida, o país precisa buscar alternativas e não fazer vista grossa para manter essa política de arrecadação valendo-se da ingenuidade.
Punição
Na coleta de dados feita pela Controladoria Geral da União os servidores da Petrobras, Caixa e Correios ficaram de fora. Só no ano passado 550 agentes públicos foram expulsos do trabalho por envolvimento com a corrupção. Segundo a CGU o número é recorde.
Nome
Por falar em corrupção ainda não foi divulgado o nome da enfermeira chefe que uniu os funcionários em juramento para proteger um bem público. Interessante a tentativa de jogar a opinião pública contra uma funcionária que preserva o patrimônio da população. Uma pena não termos o nome dela. Uma funcionária com esse perfil merece dar nome à lei anticorrupção.