Criada por Ari Cunha desde 1960
jornalistacircecunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Segue, sem fim, a saga do loteamento político na Esplanada dos Ministério e adjacências, num modelo de governança, que todos já sabem que não terminará bem, mas ainda assim é perpetuado apenas para gaudio dos partidos e para a desespero da nação, que reconhece nessa prática apenas a retalhamento do Estado e sua entrega aqueles que nada ou pouco devolvem algo de bom para o país.
Eis aí a nossa sina cíclica e razão do nosso atraso estendido pelo tempo afora. A moeda, nessa dança macabra das cadeiras é o voto. Um voto que deveria ser lastreado na vontade do eleitor e não na concupiscência de seus falsos representantes. Por detrás desse poderio das legendas partidárias, que tornam nosso país ingovernável, estão, além dos fundos bilionários eleitorais e partidários, as tais emendas secretas e outros descaminhos impostos ao Orçamento público.
Por não haver quem possa cortar o mal pela raiz, extraindo dessa miríade de partidos os recursos suados da nação, haveremos de padecer ainda por muito tempo. A reforma política, que com certeza não virá jamais, deveria ser o carro chefe de todas as reformas, inclusive a tão trombeteada reforma fiscal.
Começamos pelo fim, votando o que deveria ser a última de nossas preocupações, como quem começa a casa pelo telhado. Insanidade. Agora e mais uma vez, chega a ameaça velada do infiel Centrão, dizendo que não aceitará qualquer cargo no governo. Deseja essa bancada inconfidente, posições de destaque dentro do organograma do Estado. Não um posto qualquer, mas uma sinecura que lhe renda poder e aumente sua capacidade de interferir no governo e nas finanças públicas. Só não vê quem quer.
Entre o governo e eleitorado, faltando ainda alguns anos para as próximas eleições, o Centrão e outras bancadas da pressão, ficam com que lhes indicam os caciques das legendas. Tudo acordado em reuniões de líderes. Abrigar esse e outros partidos no governo, de acordo com fórmula desenhada depois da Constituinte de 1988, tem sido motivo de escândalos desde sua origem, forçando o governo a reformas ministeriais cíclicas e sempre piores.
O presidencialismo de coalizão não tem dado certo, por que força, os governos a ter que construir a cada legislatura, uma base política confiável. Acontece que uma base congressista fiel, realmente devotada aos interesses da nação, é peça rara. O que existe de fato é uma espécie de coalizão de líderes, com vistas ao fortalecimento de suas bancadas.
É um jogo circunscrito, que começa e termina dentro das esferas de poder e que só se estende à nação, quando seus efeitos negativos forçam a população a arcar com custos dessas costuras mal ajambradas. Fossem contabilizados, em números e cifras, quanto custa para o contribuinte a obtenção de votos garantidos no Legislativo, veríamos que a cada votação de interesse do governo e de sua base, os eleitores vão ficando cada vez endividados.
Existe sim uma coalizão, que é a do poder. Nesse patamar, onde estão as principais lideranças políticas do Estado, existe de fato essa coalizão, fora dessa esfera fechada, só existe o vácuo. Não tarda e toda essa estrutura erguida para permitir o chamam de governabilidade, será, mais uma vez rompida, como um ovo que eclode de dentro para fora.
O que irrompe desse ovo disforme, logo toma espaço nos noticiários policiais, vai à Justiça e desaparece num passe de mágica e é esquecido, dando lugar a um novo governo e à uma nova coalizão.
A frase que foi pronunciada:
“Tudo o que parece óbvio deve ser questionado”
Dieter Rams
INSS
Toda iniciativa que vise desburocratizar deve ser bem recebida. Com o primeiro cadastro bem detalhado e com a presença do idoso para a identificação biométrica, o transporte público, que terá o mesmo aparato para identificar as digitais do passageiro poderá servir de prova de vida para o INSS. A agência Brasil publicou a fala de Alessandro Stefanutto sobre o assunto: “Estamos nos articulando com a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (DF) para que um assegurado nosso, ao passar por uma catraca [de ônibus ou metrô] em que haja identificação biométrica, faça sua prova de vida”.
História de Brasília
Com isto, outros municípios goianos, notadamente Anápolis e Goiânia, sofrem, igualmente, as deficiências que são agravadas com o aumento de consumo em Brasília. Nós consumimos 10 mil quilowates e há momentos em que este consumo chega a 16 mil, provocando distúrbios em todo o sistema elétrico. (Publicada em 22.03.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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