ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Fomos buscar uma palavra ou expressão que, de uma forma mais precisa e mais resumida, possa definir os nossos dias atuais. Sem dúvida alguma, essa palavra seria distopia. Ao contrário da utopia, que seria aquele lugar ideal, onde haveria completa felicidade, com os indivíduos vivendo livres e em harmonia, a distopia seria uma espécie de utopia negativa ou antiutopia, onde as pessoas passam a viver sob um regime que, embora em nosso caso, não possa ser classificado de totalitário, despreza a população, seus anseios e aflições. Não fosse o bastante ainda usa os recursos do Estado, tomados dos contribuintes, não para benefício e progresso da sociedade, mas, tão somente para o enriquecimento rápido e sem esforço da classe dirigente e política.
Nesse Brasil distópico, onde o governo de fato é exercido pelas bancadas majoritárias com assento no Congresso, pelos dirigentes de partidos e por grandes empresários, todos invariavelmente com interesses e negócios no Estado, os brasileiros se viram como podem.
No campeão mundial da desigualdade social e de renda, os brasileiros assistem, passivos, diferenças gritantes no atendimento de autoridades em hospitais de ponta, enquanto a maioria da população corre desesperada por atendimento em hospitais públicos sucateados e superlotados. Como psicopatas sem empatia, indiferentes e alheios à nação, nossas principais lideranças parecem prosseguir no mesmo tipo de comportamento que acabou por levar alguns dos seus membros para detrás das grades.
Indiciamentos, processos, prisões e outras medidas extremas tomadas contra esses dirigentes parecem não provocar mais maiores constrangimentos ou medos. Insistem nas mesmas práticas, mesmo com o Ministério Público e a Polícia Federal no rastro das ilicitudes que não cessam. Inclusive por trás das grades.
Não fosse agora o ultimato mandado ao governo pelo Ministério Público Federal (MPF) para que destituísse os vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, a população nem tomaria conhecimento de que essa instituição, à exemplo de outras como a Petrobras, continuava sendo dilapidada.
Para isso o MPF teve, inclusive, que ameaçar o governo, caso desconsiderasse a recomendação da justiça. “Esclarece-se desde já, que, caso não seja observada a recomendação, eventuais novos ilícitos cometidos pelos atuais vice-presidentes da Caixa Econômica Federal poderão gerar a responsabilização civil de Vossa Excelência, por culpa in eligendo (por ter escolhido a pessoa errada, em tradução livre)”, diz o ofício. Ou seja o próprio Presidente da República poderia ser alvo de ação de improbidade administrativa.
Espantosamente, o governo considerou o ofício apenas uma ameaça sem base jurídica. Pelo sim, pelo não, o governo mandou passar a bola para a presidência da Caixa. Com 12 vice-presidentes indicados por partidos, a Caixa tem sido usada a décadas para atender diretamente os pleitos dos partidos com objetivo de tráfico de influência em negócios envolvendo recursos do banco. A questão aqui é que interesses teriam os partidos MDB, PR, PRB e PP em indicar dirigentes para a Caixa? Para os procuradores há clara “existência de diversas figuras proeminentes na administração da CEF em casos investigados e/ou alvos de investigações, bem como a perene influência política sobre funções que deveriam ser essencialmente técnicas”. Não surpreende, pois, que essa instituição centenária passe atualmente por dificuldades financeiras, o que afetou, inclusive, sua participação no crédito imobiliário do país, sendo obrigada a adotar medidas como a redução para 50% o limite de financiamento de imóveis usados; encerramento da linha pró-cotista do FGTS; adoção de limites mensais na liberação do crédito imobiliário, além de ser a única instituição que não reduziu os juros neste ano diante dos cortes da taxa Selic, o que implicou em deixar de ser o banco com as menores taxas para o financiamento da casa própria.
Situações como essas só encontram explicações quando se verifica que, entre outros vice-presidentes enrolados com a justiça, a Caixa teve em sua direção um tal Geddel Vieira Lima, atualmente cumprindo prisão em uma penitenciária. Vem pra Caixa!
A frase que foi pronunciada:
“Não ser descoberto numa mentira é o mesmo que dizer a verdade.”
Aristóteles Onassis
Férias
“Pela Janela”, drama estreado no Cine Brasília, às 13h, até o dia 24/01.
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Neste mês, o TRE-DF (sede e Cartórios Eleitorais) está funcionando entre 13h e 18h. No Na Hora funciona também pela manhã. Quem precisa atualizar a situação como eleitor, janeiro é o melhor mês.
Divulgação
Por falar em voto, começou a caça às propagandas eleitorais antecipadas. Ministérios Públicos de vários estados começam a observar outdoors, discursos em solenidades, Facebook e outras redes sociais. Até o dia 5 de março, o Tribunal Superior Eleitoral deixará claras todas as regras sobre o assunto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Nenhum funcionário do IAPI que reside na Coréia, poderá ocupar qualquer dos apartamentos da SQ 305, construída pelo mesmo Instituto. É que o seu presidente abriu mão dos apartamentos, entregando-os ao GTB, e, enquanto isto, os funcionários que desejam melhores acomodações vão sendo preteridos. (Publicado em 13.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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