UnB e o capítulo final de um desgoverno

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Foto: noticias.unb.br

           Com um orçamento anual equivalente ao que foi torrado na construção do Estádio Mané Garrincha, ou R$ 1,7 bilhão, a Universidade de Brasília, acreditem, experimenta a sua mais grave crise financeira de todos os tempos. Mesmo com essa dinheirama, retirado compulsoriamente de contribuintes que sequer sabem onde fica localizado o seu campus, e que é muito superior ao orçamento de muitos municípios populosos espalhados pelo país, a UnB e principalmente sua direção têm a coragem de vir a público reconhecer que o montante é insuficiente para cobrir todas as despesas, havendo a possibilidade inclusive da geração de um déficit de R$ 92 milhões até o fim do ano.

          A saída para o que eles acreditam ser um cobertor curto demais para fazer frente ao crescimento vegetativo das despesas, com os reajustes dos contratos e das categorias, incluindo aí os servidores do quadro da instituição, sujeitos à progressão funcional, seria o repasse de mais recursos pelo Ministério da Educação. O que é preciso esclarecer é que a crise vivida hoje pela UnB teve origem lá atrás quando o governo Dilma, defendido hoje de forma agressiva e irracional por estudantes e professores, lançou no final de 2014 o lema vazio “Pátria Educadora”, seguido logo após de um corte brutal de R$ 10,5 bilhões ou 10% de todo o orçamento do MEC, para fazer frente a recessão que batia as portas do Planalto.

Charge: latuffcartoons.wordpress.com

 Obviamente que esse fato é escondido dos alienados alunos que seguiram hoje, como gado, para frente do Ministério da Educação, onde promoveram um quebra-quebra generalizado que contou com o apoio sempre providencial de blackblocs e onde se viam também as bandeiras vermelhas do MTST e do MST. Tudo conforme manda a cartilha dos partidos de esquerda, empenhados, isso sim, em destruir as instituições públicas, lançando uns contra os outros e criando o caos geral.

     Para uma universidade que de gratuita nada tem, já que custa bilhões aos pagadores de impostos, o reconhecimento de que o orçamento não dá para pagar as despesas crescentes traz implícito também, nas entrelinhas, que o modelo de gestão baseado e lastreado nos dogmas dos partidos de esquerda, para onde estão voltadas toda a sua orientação, inclusive pedagógica, vem produzindo os mesmos frutos murchos colhidos na era petista.

 O fato é que a UnB virou, literalmente, as costas para a comunidade. Não participa, nem colabora com propostas acadêmicas para os diversos momentos de crise vividos pelos brasilienses, como a falta de segurança, desmatamentos e outros problemas que têm assolado a comunidade.

           Ao invés disso, tem desfilado de mãos dadas com partidos políticos de esquerda, criado cursos sobre o golpe e outras tolices. Dá mais atenção aos alunos que não querem aula, usa a instituição para prejudicar a universalidade. Um olhar sobre a produção acadêmica, uma obrigação dessa instituição, mostra um deserto árido e diz muito sobre a baixíssima produção intelectual quando comparada a outras instituições mundo afora. Fosse vivo hoje, Darcy Ribeiro não reconheceria sua criação.

A frase que não foi pronunciada:

“A baderna é um direito de todos e dever do estado?”

Dona Dita revoltada com estudantes universitários que depredam o que todos nós suamos para pagar.

Estranho

Questionada pelo Ministério Público, a Secretaria de Educação precisa prestar contas sobre a precariedade das instalações físicas do Centro de Ensino Especial nº 1, de Planaltina. Principalmente no que tange a eletricidade e reservatório de gás. Outra dúvida do MPDF é sobre o recebimento de gratificação de ensino especial por servidores não lotados em centros de ensino especial

Oi?

Outra dúvida do Ministério Público é sobre possíveis irregularidades no pregão 09 desse ano realizado pela Caesb. O objeto seria a contratação de seguro de responsabilidade civil para administradores com vistas a proteção de todos os integrantes e ex-integrantes do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Diretores e Presidente.

Nomeada

Raquel Guimarães Ulhôa é a nova assessora especial da Subsecretaria de Relações com a Imprensa, da Secretaria de Estado de Comunicação do Distrito Federal.

Concurso

Algum engenheiro do DER conseguiria dar uma solução para os motoristas se convencerem de que a direita é livre para as primeiras quadras pares no Lago Norte?

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Isto tudo, até que venham as eleições, e o dr. Adauto possa se reeleger, sendo visto todos os dias pelos seus eleitores. Esta era uma proposta para ser apresentada não por um deputado, mas pelo guarda móveis Gato Preto. (Publicado em 18.10.1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: #Brasília #HistóriadeBrasília #AriCunha #CirceCunha #Mamfil

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