Uma guerra nada santa

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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De uns anos para cá, alguns incautos, imbuídos de um estranho sentimento de guerra santa, começaram uma verdadeira caça aos crucifixos que ornam algumas repartições públicas pelo país afora. Numa sanha desvairada e sem sentido, passaram a perseguir esse símbolo máximo da cristandade, vociferando preceitos de que o Estado é laico ou, mais precisamente, sem a onipresença de seu antigo Deus original.

Ocupados em desprezar e demolir um dos pilares fundamentais que compõe dois mil anos da nossa cultura, fizeram, propositalmente, vistas grossas a uma espécie de erva daninha que vicejava em todo o canto, numa estratégia que tinha por finalidade última substituir a cruz sagrada pelo poderio crescente de algumas igrejas ditas neopentecostais, cujo o Deus supremo é um ser vingativo e deveras sequioso por dízimos e cujos pastores são invariavelmente pessoas milionárias e muito influentes no meio político e dentro do Estado.

De fato, o poder secular dessas novas igrejas, que vieram tomar à força o lugar do cristianismo milenar, é o que difere das igrejas originais. Para tanto, investem pesado num jogo puramente materialista, que de santo nada possui. Em pouco mais de quatro décadas, graças à grande capacidade financeira que amealharam e passaram a exibir, esses novíssimos credos montaram os mais espetaculares templos de cultos, emissoras poderosas e influentes de rádio, televisão, jornais, empresas financeiras e todo um conglomerado monetarista no mais perfeito estilo capitalista, numa busca desenfreada por lucros, venham eles de onde vierem,

Para completar e fortalecer essa ramificação dentro da sociedade, criaram partidos e compuseram bancadas poderosas dentro do Congresso Nacional, onde passaram a agir como verdadeiros braços dessas igrejas dentro do Estado. A influência política e numerosa dentro do parlamento tem permitido que esses neófitos e sibaritas venham a comandar e impor determinadas pautas a todo e qualquer governo de plantão, numa interferência, tão assombrosa nos negócios de Estado, que tem despertado a atenção de todos para a possibilidade desse grupo vir, num futuro próximo, a comandar os destinos do país.

São inúmeros os exemplos que demonstram a forma desabrida como esse grupo dito religioso age dentro de um Estado que se diz laico, impondo não apenas suas pautas anacrônicas, como negociando apoios de toda a ordem, além de outras mercadorias no balcão, nunca fechado, do meio político.

A frase que foi pronunciada:

“Quando nada tens a dizer, não digas nada.”

Charles Caleb Colton (1780-1832)

Charles Caleb Colton (Foto: reprodução da internet)

Sindilegis

Foi um sucesso a iniciativa do Sindilegis em parceria com Sindjus-DF, o Fonacate e o Legis Club Brasil na arrecadação de donativos para pessoas em situação de vulnerabilidade. A ideia de promover lives com músicos da cidade foi de muita sensibilidade. “Enquanto os artistas nacionais continuam faturando com o patrocínio de grandes empresas às suas lives, a realidade para a maioria de nossos músicos e trabalhadores da cultura é outra. Os talentos de Brasília precisam, mais do que nunca, do nosso apoio”, diz Petrus Elesbão, presidente do Sindilegis.

Abordagem

Na última entrada para a UnB, pelo final da L2 Norte, há uma surpresa. É assustador o aumento de barracas ao longo da cerca e a sujeira no ambiente em que vivem. Caberia uma orientação educativa a essas pessoas, inclusive para proteger a saúde das crianças que ali circulam entre o lixo.

Reprodução globoplay.globo.com

Novidade

Denominada Torre de Transmissão Digital Oscar Niemeyer, a Torre de TV Digital, localizada no Setor Habitacional Taquari, parte da Região Administrativa do Lago Norte – RA XVIII.

Saúde mental

Instituído um programa de prevenção e promoção da saúde mental dos professores da rede pública de ensino do Distrito Federal. As diretrizes foram publicadas no Diário Oficial do DF.

Charge: humorpolitico.com.br

Capacitação

Mortes por septicemia na capital chamam a atenção. Hospitais públicos e particulares do DF precisam de capacitação do pessoal para o trabalho. Primeira providência seria substituir maçanetas por peçanetas. A profissional da limpeza abre a porta com a luva amarela que limpou o chão do banheiro de outro quarto e logo depois as enfermeiras e médicos encostam no mesmo local com as mãos. Exames e injeções, soros, são dados sem luvas. “Nós usamos luvas para nos proteger, e não para proteger o paciente.” Normalmente a justificativa das atendentes é essa.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Provavelmente, amanhã, começarão a plantar as árvores em Brasília, e, provavelmente, plantarão árvores aos pés dos postes. Por favor, quem é responsável corrija. (Publicado em 06/01/1962)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: #HistóriadeBrasília AriCunha Brasília CirceCunha mamfil

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