Um banco de desenvolvimento nacional

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

       Depois da quebradeira espetacular e suspeita das Lojas Americanas, deixando, até onde sabe, um passivo por volta de R$ 40 bilhões, a bola da vez dos escândalos de falência recai, mais uma vez, sobre a conhecida Operadora OI, recém saída do mais longo período de recuperação judicial de nossa história.

A dívida da operadora se aproxima daquela gerada pelas Lojas Americanas, sendo de aproximadamente R$ 35 bilhões. Há, em mais esse episódio, uma ameaça de intervenção, o que pode significar, no jargão dessas grandes empresas, que essa e outras contas irão ser espetadas nas costas dos contribuintes, por meio do socorro financeiro de bancos como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Até aqui, nenhuma novidade e, o que é pior, nenhuma investigação capaz de levar a termo esses imbróglios financeiros mal explicados. A justiça, que nesses casos anda ligeiro, já decidiu que a empresa está, por ora, protegida dos credores. Mais uma vez, nesse setor em que os bilhões são quantias usuais negociadas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entrará em campo para assumir o comando desse repetido desastre.

O assunto parece sério demais para ganhar as letras garrafais dos principais jornais do país. De forma resumida, para o leitor médio, é preciso explicar que essas seguidas falências, que acometem as grandes empresas do país, mormente àquelas ligadas ao setor de telecomunicações, decorrem, segundo a imprensa, primeiramente, do excessivo e pouco republicano estreitamento de relações dessas companhias com membros do governo, no tradicional toma lá dá cá a envolver esses mega negócios. A reincidência desses escândalos vem ainda da certeza de que essas tratativas nebulosas jamais são apuradas até o fim, restando esses prejuízos depositados na conta da viúva mais desejada desse país, no caso aqui o BNDES.

Montadas sobre um arcabouço em que assuntos empresariais privados são erguidos sobre garantias e proteções políticas de governo, cedo ou tarde, cada um desses portentos negócios, verdadeiros campeões nacionais, vêm por terra, deixando rastros de prejuízos apenas para a sociedade, que entra nesses negócios como laranjas, sem saber de nada.

       Quem acompanha essa infindável novela mexicana de perto sabe que, para entender todo esse complicado enredo, é preciso voltar vários capítulos atrás indo até ao “Mapa da Mina”, quando empresários de vários calibres morais e financeiros, voavam como mariposas ao encontro do brilho das moedas emitido pelos cofres públicos. O chamariz ou a isca para esses negócios eram representados pelo BNDES e pelos Fundos de Pensão, todos eles abarrotados de dinheiro e escassos de elementos como a ética ou a compliance e boa gestão. Analisados de perto e com a isenção necessária, jamais esse e outros acordos bilionários seriam selados à luz do dia.

A frase que foi pronunciada:

“Parece-me bem claro que o Brasil não teve ainda um bom governo, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da lei e com uma administração profissional.”

Margaret Thatcher

Margaret Thatcher. Foto: britannica.com

Grande apresentação

Renata Dourado, cantora lírica e professora de canto, está começando a montar a obra Os Miseráveis. Artistas da capital confessam que o ânimo reascende.

Recomeço

Novas campanhas de vacinação infantil devem chamar a população à proteção. Mais de 30% da criançada do DF está com a agenda de vacinas como hepatite, febre amarela e poliomielite atrasada.

Gif: saude.df.gov

Sub reptício

Na entrada do Trecho 9, do Setor de Mansões do Lago Norte, alvo por muito tempo de grileiros, começam a construir em terreno de área verde. A matinha que, em outros tempos, era farta de árvores frondosas foi, pouco a pouco, destruída. Vamos acompanhar se as autoridades conseguem impedir a legalidade em área nobre.

Apuração

Ministro Alexandre de Moraes recebeu elogios da ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre a postura “rigorosa” em relação à resposta aos ataques criminosos de 8 de janeiro em Brasília. Agora, a cobrança recai sobre parlamentares para uma CPI também inflexível.

História de Brasília

É impressionante, o número de oficinas mecânicas em todo o Plano Pilôto. Atrás de cada posto de gasolina há uma oficina, afora as da l2, que são inúmeras. As que se mudaram para o Setor, na entrada de Taguatinga, enfrentam dificuldades com a concorrência estimulada pela Prefeitura. (Publicada em15.03.1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AriCunha #BNDES #Brasília #CirceCunha #DívidaAmericanas #DívidaOI #Finanças #HistóriadeBrasília #Mamfil

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