VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Como tem acontecido com certa frequência nesses últimos tempos, coube, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal, interferir na seara do Executivo para lembrá-lo que, como manda a Constituição, o Governo Federal é obrigado a realizar o Censo, que na realidade deveria ter sido feito no ano passado, mas que, em decorrência da pandemia, não aconteceu. Desta feita, o Supremo cedeu para que o governo realize o Censo somente em 2022, mesmo diante dos cortes drásticos no orçamento do IBGE. Segundo a própria entidade, dos R$ 3.5 bilhões previstos, inicialmente, para a realização das pesquisas em todo o país restaram pouco mais de R$ 53 milhões, o que torna impossível a realização de um Censo dentro dos padrões minimamente aceitáveis.
Como, por lei, o Censo tem que ser realizado a cada dez anos, o IBGE irá se defrontar com dados e números fora dos padrões, principalmente em virtude da crise gerada pela pandemia, que afetou todos os índices de produção e de desenvolvimento humano. Com isso, o retrato que possivelmente emergirá do Brasil em 2022 poderá mostrar um país que já não conhecemos bem, ou que imaginávamos ter ficado num passado longínquo.
Para os estudiosos no assunto, a pandemia veio para reforçar, ainda mais, a necessidade e urgência de realização do Censo, de modo que o governo possa aperfeiçoar seu planejamento e ajustar melhor as políticas públicas em todas as áreas. Até mesmo com relação ao planejamento de vacinação da população. O Censo pode indicar o número exato de pessoas de uma determinada região, idade e outros dados que podem ser úteis no programa de distribuição de vacinas.
O fato é que, sem o Censo, o Brasil perde sua principal bússola capaz de indicar as possíveis saídas para a crise gerada pela pandemia. Além do fato meramente econômico e social, o Censo, segundo políticos da oposição, pode mostrar um Brasil que o atual governo não deseja ver e dar a conhecer aos brasileiros.
O eleitor, ao olhar a foto atual e real do país, pode, inclusive, mudar o destino de seu voto. Para os ex-presidentes do IBGE, Roberto Olinto e Paulo Rabello de Castro, a não realização do Censo é uma verdadeira tragédia para o país e uma perda da cidadania, uma vez que, ao não conhecer bem a realidade de cada lugar e de sua gente, não há possibilidade alguma do Poder Público realizar o que quer que seja em benefício do cidadão.
Num ponto todos concordam: a pandemia mudou muito o Brasil que conhecíamos até pouco tempo. Para esses especialistas, o apagão propiciado pela não realização do Censo em tempo pode ter consequências negativas de longo prazo, algumas, inclusive, já sem solução, devido ao atraso. O corte de 90% da verba destinada ao IBGE para o Censo, e que motivou o pedido de demissão da pesquisadora e presidente Susana Cordeiro Guerra, parece não ter despertado, até o momento, a atenção do presidente Bolsonaro para o perigo dessa decisão que afeta não só o futuro dos brasileiros, mas a continuidade ou não de sua gestão.
Um exemplo dessa importância vital do Censo pode ser conferido no SUS, neste momento de pandemia. É pelo Censo que o país pode avaliar e planejar visando aperfeiçoar o trabalho do Sistema Único de Saúde durante a virose e num período pós-pandemia também, de modo a torná-lo pronto para quaisquer eventualidades futuras.
Por essas e por outras, os especialistas e aqueles que compreendem a importância do Censo consideram que a discussão de verba para a realização dessas pesquisas tão importantes e que são chave para o país não passa de leviandade do atual governo. Para alguns, como Sérgio Besserman, também ex-presidente do IBGE entre 1999 e 2003, sem o Censo não há bom senso. “Só com a perda de eficácia das políticas públicas, diz representará muito mais dinheiro do que será economizado nesse corte dos recursos para o Censo.”
Também para Paulo Rabello de Castro, que dirigiu o IBGE, o custo para a realização do Censo é muito barato, em relação aos seus resultados a longo prazo. “Imagina como é barata a realização do Censo no Brasil e quantas centenas de jovens brasileiros serão empregados. É uma estupidez não realizar o Censo, é uma marca da nossa estupidez nesse momento triste da nossa história”.
A frase que foi pronunciada:
“Espero que todos vocês preencham o formulário do censo quando ele chegar pelos Correios no próximo mês. Se você não devolver o documento, a área em que vive pode receber menos dinheiro do governo e você não gostaria que isso acontecesse, gostaria?”
Andy Rooney, do programa 60 minutos da CBS.
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