Resposta homeopática aos atentados

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Com Circe Cunha // circecunha.df@dabr.com.br

Tênue é a linha que separa o remédio do veneno. A diferença nos efeitos, vida e morte, é dada pela dose. Entre os princípios orientadores da homeopatia estão a da semelhança (simillimum), que reza que a mesma substância que provoca a doença é capaz de curar e a da dose mínima e dinamizada, que ensina que uma substância extremamente diluída (potência) possui o poder da cura.

Transpondo essas noções da antiga medicina tradicional ocidental para o conturbado e doente mundo contemporâneo, que diagnósticos e prescrições médicas seriam necessários para debelar as crescentes ondas de atentados terroristas que vêm ocorrendo em diversas partes do mundo? A obviedade, enxergada apenas pelos gênios, recomenda o fim do comércio mundial de armamentos.

É sabido que parte do material bélico empregado no derramamento de sangue inocente pelo mundo é fabricada aqui mesmo no Brasil. É do conhecimento das autoridades investigativas que em muitos centros religiosos (mesquitas) espalhados pelo Ocidente jovens de várias origens e formação são abduzidos e recrutados para se juntar às forças paramilitares que fazem uma interpretação totalmente radical do Islamismo. O mesmo ocorre com as redes de comunicação como a internet. É possível se alistar as forças da morte e aprender a fabricar bombas devastadoras apenas com um apertar de botões.

Para alguns governos, soa estranho o silêncio dos países muçulmanos com relação aos atentados na Europa e nos Estados Unidos. Para os mais exaltados, é um sinal de aceitação passiva.

Exemplos na história mostram que a intensificação dos atentados acirrará a radicalização de grupos xenófobos no Ocidente, com consequências imprevisíveis. O que os terroristas almejam é justamente chamar os ocidentais e seu way of life para o centro do ringue, criando ao mesmo tempo pretexto e confusão geral para a metástase dos conflitos.

O morticínio crescente afugentará e obscurecerá a luz da razão. Nunca houve um bom resultado quando se misturam religião e armas. Se são muitas as causas que originam os atentados, maiores e mais danosas ainda são suas consequências.

Diante da impossibilidade de acordos formais com grupos radicais terroristas e da ineficácia estratégica de uma guerra convencional a esses homicidas, fica a questão: por onde buscar o fim dos atentados?

Para alguns estrategistas, melhor adotar o princípio do simillium da homeopatia, aplicando aos insurgentes o mesmo método cruel, ao mesmo tempo, diluindo as ações onde quer que estejam as fontes terroristas.

Não parece ser um bom remédio. Experiências ensinam que guerras e conflitos nunca foram solução para a humanidade. Se resolvem problemas imediatos e pontuais, criam outros maiores para o futuro.

A frase que foi pronunciada

“Não existe caminho para paz, a paz é o caminho.”

Mahatma Gandhi

Lição

Ônibus para Taguatinga Centro, linha 7801, passa direto para não pegar idosos na parada. Polícia vai atrás, obriga o onibus a voltar e embarca o casal idoso.

Cerratenses

Um mirante no Jardim Botânico de Brasília dá oportunidade ao visitante de vislumbrar quase 500 hectares de cerrado. A reserva ecológica, que abriga o parque, chega a 4,5 mil hectares. Paulo Bertran, historiador, e o fotógrafo Rui Faquini criaram o termo cerratenses para explicar os que admiram o cerrado. Rafael Poubel, do JBB, explica que uma das missões do local é fortalecer a identidade do brasiliense com o bioma. “Falta muito esta questão do pertencimento. Há pessoas que nasceram em Brasília e que não sabem o que é Cerrado”, explica o ambientalista.

Rouanet

Pedro da Costa diz em sua missiva que antes de tentar mudar a Lei Rouanet, como dissemina o discurso oficial, é preciso consolidar o entendimento de que nenhuma lei é capaz de evitar a corrupção. Essa eficácia incumbe as ações prévias de controle, que precisam do apoio de fato dos superiores e de punição rigorosa quando são julgadas. Isso porque um cidadão se aproveitou de forma ilícita para bancar o próprio casamento.

Frieza

Que decepção! Animada por entrar pela primeira vez na Livraria da Travessa, no Leblon, o atendimento foi terrível. Queria saber sobre as palestras, os lançamentos e as atividades da livraria. Cara a cara com o atendente, a resposta foi fria e seca. Tem tudo na internet, disse roboticamente.

História de Brasília

No final, um ato sério terminou em bagunça. Dizem, que propositadamente, foi evitada a transmissão da faixa em público, no parlatório do Planalto, porque a sua inauguração, com a transferência de governo, do sr. Juscelino Kubitschek para o sr. Jânio Quadros, foi danosa para a República. (Publicado em 10/09/1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha

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