ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Qualidade e quantidade nunca andaram juntas. Ou uma coisa, ou outra. No caso do amontoado de legendas partidárias que adornam a democracia brasileira, o que tem são dezenas de agremiações, registradas junto à justiça eleitoral, que buscam o máximo de benesses do Estado para serem distribuídas entre os seus associados, principalmente para grupos e indivíduos situados na cúpula do partido.
Falar em ideologias, programas, estatutos e outros elementos próprios de partidos políticos é desnecessário, já que a esses grupos seletos, tudo é negociável e maleável, confeccionado ao sabor de cada circunstância e de cada momento. Tem-se partidos aos borbotões, mas não se tem, um único sequer, que traduza e lute para implementar os reais anseios da sociedade.
A mesada gorda, representada pelos R$ 888 milhões do Fundo Partidário e os R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral, criado pela reforma meia-sola aprovada recentemente pelo Congresso, fez aumentar, ainda mais, a corrida pela formação de novas legendas, considerado hoje um grande e lucrativo negócio que dispensa, inclusive, as bisbilhotices da Receita.
É sabido que boa parte desses recursos jamais chegarão aos diretórios regionais, ficando concentrados nas mãos de poucos, sobretudo dos dirigentes, que deles farão o uso de acordo com suas conveniências, visando, obviamente, aumentar o poder de influência de sua agremiação e, por consequência, obter mais e mais recursos públicos.
Com um sistema estruturado dessa forma, não chega a ser surpresa que tenhamos uma democracia do tipo censitária, onde as legendas mais ricas acabam dominando a cena política. Deformidade como essa, que possibilita a concentração de valiosos recursos públicos em entidades privadas, é ainda turbinada ao máximo quando as legendas se deparam no poder com um sistema caracterizado pelo chamado presidencialismo de coalizão. É aí que os partidos encontram o paraíso, ao negociar o apoio às pretensões do governo.
Dessa forma, o que resulta no toma lá, dá cá dos balcões de tratativas políticas, é mais e mais recursos para as legendas, transformadas em clubes milionários. Obviamente que as crises se repetem, numa ciranda cíclica e monótona, com um sistema desses em que, segundo pesquisa do Datafolha, 72% da população afirma não confiar nos atuais partidos.
A janela partidária, que possibilita o troca-troca de legenda, e que agora se fecha, demonstra, na prática, que mudar de um partido para outro é mais fácil do que mudar de roupa ou, nesse caso, de fantasia.
A frase que foi pronunciada:
“A esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a Coragem, a mudá-las”
Santo Agostinho
Nessa semana
Hospital do Gama. Senhora ardendo em febre, maldisposta, aguardando atendimento. Enquanto o marido fazia a ficha, avisaram logo: não tem vaga, nem médico! Antes que reagisse, um soldado enorme, com a camisa brigando com os músculos, se posta no atendimento. Dá um nome e as outras informações. Aquele marido que foi dispensado ainda estava parado no lugar, matutando o que faria para amenizar o sofrimento da mulher. Até que o grandalhão manda abrir o camburão e levar o preso algemado para o atendimento. Daí para frente a revolta foi grande. Com a palavra, Dr. Humberto Fonseca, da Saúde do DF.
Nem aí
Nosso amigo Saboia nos envia da Alemanha a tranquilidade de um cidadão na fila do banco. A civilização está longe da rua da dona Candinha, que fuxica a vida alheia dia e noite. Veja a imagem no blog do Ari Cunha.
Que gente é essa?
Incansável na luta contra os moradores, os inimigos do “Jardim Medicinal Aromático” da 216 Norte, bloco H, fizeram mais duas vítimas. A lavanda e o manjericão, que secaram. Um exame de laboratório comprovou: produtos de limpeza misturados com água foram despejados propositadamente. É uma guerra insana do mal contra o bem.
Artes
Inscrições abertas no Memorial Indígena para arte da cerâmica, pintura corporal e arte de cestaria. As vivencias começam no dia 13 de abril e vão até o dia 28.
Enap
Veja no blog do Ari Cunha a entrevista com o professor Sandro Bernardes sobre a Lei das Estatais!
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Estão cometendo uma injustiça com o jornalista Carlos Alberto Brito Franco. Um antigo profissional de imprensa, está sendo despejado sob a alegação de que abandonou a profissão. (Publicado em 18.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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