VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Diante da realidade posta pelos números, discutir a importância de reformas como a da Previdência, a reforma fiscal e outras do gênero, pondo em dúvida a oportunidade e a urgência na adoção dessas medidas, já não faz sentido. São mudanças que se impõem, quer o país almeje deixar o ciclo de crises para trás e iniciar um novo período de prosperidade e desenvolvimento.
Após a superação dessa fase, um outro desafio, tão urgente e necessário, se apresenta. Trata-se da reforma ou de uma reestruturação completa e radical nos Planos de Saúde, acabando com o caráter puramente mercantilista que domina hoje essa modalidade de prestação de serviços privados na área de saúde. Obviamente que não é pela destruição da iniciativa privada que se vai alcançar um mínimo de excelência nesse setor. Tampouco não será pela substituição do empreendedor privado pelo Estado que se atingirão os objetivos de excelência no atendimento da população. Os Planos de Saúde alcançam hoje um universo de mais de 30% dos brasileiros, sendo que na região Sudeste, esse porcentual sobe para quase 40%, atendendo sobretudo a camada dos mais idosos, um contingente que não para de crescer, devido ao envelhecimento natural e rápido, experimentado hoje por nossa população. O que se sabe e os números demonstram é que tanto a saúde privada, como a saúde pública não vão bem das pernas.
O desemprego e a crise econômica contribuíram para piorar essa situação. Segundo dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), nos últimos anos, vem ocorrendo um encolhimento de empresas que prestam esses serviços e uma redução significativa também no número de beneficiários de planos privados, num ciclo perverso que acaba prejudicando todo o setor. Nem mesmo o sistema de coparticipação, em que os segurados pagam parte das consultas e exames, tem resolvido esse problema.
Mesmo a piora acentuada nos atendimentos em hospitais públicos, nesses últimos tempos, não foi capaz de levar pessoas a aderirem aos Planos Particulares. As razões são os preços médios mensais cobrados individualmente por esses planos que giram em torno de R$ 500,00 e que são sempre reajustados, abusivamente muito acima dos índices oficiais de inflação.
O descompasso entre os reajustes dos preços dos planos e dos salários da população tem feito com que milhões de brasileiros se afastem dessa opção, regressando em massa e com muito medo e receio para o Sistema Único de Saúde, onde o atendimento, de um modo geral, numa avaliação de zero a cinco, feita junto à população, nunca é superior a nota dois.
Ideias para melhorar o modelo de Planos de Saúde existem em boa quantidade, o problema é como conciliar algum lucro empresarial com um problema básico e vital que aflige a totalidade da população e que é um dos pretensos direitos inseridos em nossa Constituição.
Fica claro que nesse ponto, funcionasse o SUS em plenas condições de excelência, conforme projetado por seus idealizadores e pago pelos contribuintes, a existência dos Planos de Saúde privados perderia muito em seu sentido e utilidade.
Apenas por esse detalhe, fica explícito que os Planos de Saúde prosperam justamente sobre os escombros do Sistema Único de Saúde, repetindo o mesmo modelo que vem sendo visto com a segurança e educação.
A existência e crescimento dos estabelecimentos de ensino particulares é favorecida também pelo sucateamento visível das escolas públicas. Mas mesmo todo esse sistema perverso, decorrente principalmente da incúria do Estado, não possui um horizonte otimista.
A frase que foi pronunciada:
“SUS para mim significa consulta SUSpensa, SUStenta a doença, só atendem no último SUSpiro.”
Dona Maria dos Santos, no pronto-socorro do Paranoá, brincando com a filha e com as palavras
Governador
Marinaldo Guimarães foi quem deu a ideia de se construir uma PRAÇA DAS BANDEIRAS com a intenção de divulgar cada região administrativa com suas características, data da inauguração da região administrativa, população, brasão, bandeira e hino.
Novidade
A Barragem do Paranoá, que apresentava um risco enorme com apenas alambrados nas margens, agora tem o guarda corpo de ponta a ponta. A população que usa esse caminho está protegida.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A desmoralização do cheque e do título, em Brasília, precisa de uma campanha muito forte. Há homens de fortuna sólida, com negócio de bom rendimento, em prédio da Novacap, com dezenas de títulos protestados. É a vez da Interpol intervir, para evitar prejuízos de comerciantes honestos que confiaram em quem não devia. (Publicado em 26/11/1961)
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