Primeira parte da História

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Foto: agendacapital.com.br

    Com a instalação da chamada Loja da Corrupção no aeroporto de Brasília, uma iniciativa da empresa norte americana Netflix para divulgar a série O mecanismo, inspirado na Operação Lava Jato, o que os brasileiros estão tendo a oportunidade de aprender também é que quanto maior o escândalo, maior o lucro para aqueles que sabem explorar e transformar as misérias humanas em business.

O problema com ficções, ainda por cima, apresentada em capítulos, é que a crueza do realismo fantástico vivido pela nação desde 2005, supera, a cada momento, todo e qualquer conto de imaginação, mesmo os mais inspirados e surrealistas. O fato é que, desde que vieram ao conhecimento do público, os escândalos do mensalão e do petrolão não geram altos lucros apenas para os grandes escritórios de advocacias do país, mas têm servido, desde então, como fonte de altos lucros para escritores, jornalistas, cineastas, roteiristas, compositores, historiadores e outros profissionais que encontraram nesses acontecimentos de nossa história atual uma mina valiosa e inspiradora a céu aberto.

Pelo volume de revelações que vêm vindo à luz e pelo o que está ainda por vir, há um farto material para o desenvolvimento de um oceano de enredos. Obviamente que nesse ciclo de ouro, repleto de histórias e de personagens típicos e que vem gerando ocasiões vantajosas para muitos, o outro lado da balança pende negativamente para a população que teve que arcar com prejuízos fabulosos e que levarão anos para serem quitados.

Foto: exame.abril.com.br (Netlflix/Divulgação)

  Para os brasileiros que no futuro desejarem conhecer um pouco mais sobre esse período turbulento, restarão uma boa quantidade livros e filmes, que poderão ser obtidos mediante pagamento.

A loja da corrupção, instalada na sala de entrada da capital, muito mais do que uma estratégia de marketing, expõe, de modo simbólico, um tempo e uma cidade marcados pela atuação da mais ampla e nefasta organização criminosa que já atuou no país.

É preciso, no entanto, que uma vez superada essa fase, logicamente com a condenação de todos os implicados, seja instalada, no mesmo espaço privilegiado, um stand que mostre, de forma didática, como os brasileiros de bem, com apoio da população, conseguiram desmantelar esses grupos e suas ramificações dentro do Estado. Isso é, se toda essa história tiver um final de acordo com o desejo da população.

A frase que foi pronunciada:

“Aquilo a que chamamos história é um esforço feito em favor dos outros, pago muito caro com o sofrimento dos homens.”

Georges Mangakis

Mais essa

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB pede para que não alimentem os gatos e pombos da redondeza. Na verdade, as pulgas já estão alojadas no departamento.

Foto: g1.globo.com (Mateus Rodrigues/G1)

Chega

É momento de parar. Em apenas dois anos o cerrado perdeu o equivalente a três vezes a área do DF. Estamos em quarto lugar no ranking de ‘áreas relativas devastadas’, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

Foto: jornaldebrasilia.com.br (Ariadne Marçal)

Leitora

Cena chocante no Eixão Norte. O motorista deu um murro no rosto da mulher que estava ao lado. Parecia uma briga de casal. No susto, a única ação foi gritar pela janela para denunciar o canalha. O fato foi vivenciado por uma leitora.

Arte

Mundo das artes paga o preço da ânsia de arrecadação. Tarifas de importação começam a afetar exposições, feiras, bales e orquestras que queiram se apresentar no Brasil.

Mal moderno

Morte Inventada. Um documentário chocante sobre alienação parental, um problema que exige uma capacitação do corpo jurídico que ultrapassa, e muito, as letras da lei.

Associados

Museu de Brasília e Arquivo Público estão com tudo pronto para uma exposição das charges da década de 1960 sobre a mudança da capital. Jomar Nickerson de Almeida, Superintendente do Arquivo Público do DF, aguarda apenas a autorização autoral pelos Diários Associados.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O caso do IAPFESP, é flagrante. Há construções, no canteiro de obras, feitas de alvenaria há muito tempo, e a culpa é da Delegacia do Instituto que não teve a autoridade suficiente, ou fez “vista larga” para essa infração. (Publicado em 18.10.1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: #Brasília #HistóriadeBrasília #AriCunha #CirceCunha #Mamfil

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