Pouco para nada

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Em termos gerais os brasileiros atendidos por abastecimento de água passou de 80,9% em 2007 para 83,3% em 2015. Com relação a coleta de esgoto essa variação foi 42% para 50,3%. Na avaliação de especialistas no assunto esse ritmo é ainda muito lento e, pior, nos países desenvolvidos, essa era uma discussão que preocupava as autoridades  no século 19 . Para esses entendidos no assunto a questão da baixa infraestrutura em saneamento básico gera prejuízos de grande monta em diversas outras pontas.

Além de problemas de ordem social, a falta de saneamento traz problemas também para as áreas ambientais, para os sistemas financeiro e principalmente para a estrutura de saúde , já que essas deficiências representam um aumento significativo na proliferação de doenças variadas. Se em questões de saneamento básicos andamos as voltas com a baixa universalização desses serviços, em educação esses problemas não são diferentes.

         Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, o Brasil é um dos países que menos gastam com alunos do ensino fundamental . Em compensação possui gastos com as universidades semelhantes a países do primeiro mundo.

Estudo intitulado Um Olhar sobre a Educação, analisando 35 países mostrou que o Brasil gasta anualmente US$ 3,8 mil (R$ 11,7 mil) por aluno do primeiro ciclo do ensino fundamental ou menos da metade do que é gasto nos outros países  da OCDE que anda por volta de US$ 8,7 mil.

         Em recente matéria que escreveu para um jornal da capital, intitulado  “Afogamento e fuga de nossos cérebros” o senador pelo DF Cristovam Buarque que tem na educação sua principal bandeira política, levantou um problema ainda mais preocupante. Mesmo considerados baixos , em relação aos países desenvolvidos , os investimentos brasileiros ao longo de todas as etapas de ensino, que vão do básico à universidade e que consomem décadas de despesas e de esforços, acabam sendo perdidos na ponta final do processo, quando os poucos estudantes que chegam a concluir uma pós-graduação  e atingir o nível de conhecimento que os torna um pesquisador e cientista em sua área de estudo, pela precariedade variadas de condições , acabam por deixar o país em busca de melhores oportunidades no exterior.

        Essa fuga de cérebros, lembra o senador, equivale a perda de riquezas inestimáveis para o país, numa época em que a ciência, a tecnologia e a cultura representam o verdadeiro ouro do século XXI. Sem esses cientistas todo o processo de sua formação desses cérebros e os recursos escassos investidos na sua formação, e que fazem falta em outras pontas, é desperdiçado de forma grave para o Brasil, com as consequências que já conhecemos.

    Os brasileiros se revoltariam se tomassem conhecimento de que nossos governos estão omissos diante da destruição de parte de nossas minas, deixando que países estrangeiros levem uma parte de nossos minérios. Entretanto, nenhuma indignação é manifestada e nada é feito para impedir a fuga de cérebros” ,avalia o senador.

A frase que foi pronunciada:

“Sou otimista: se não consigo entrar por uma porta, tento outra porta. Ou então trato de construir uma entrada”.

Rabindranath Tagore, escritor indiano

Votos

Agradecemos aos leitores pelos votos de Boas Festas e por terem acompanhado e contribuído com a coluna por todo o ano. A todos desejamos um ano cheio de notícias mais agradáveis.

Vexame

Novamente tumulto em avião com a presença de políticos. Dessa vez a senador Gleice Hoffman foi alvo de protesto. Normalmente apenas uma pessoa assume os ataques. Dessa vez o avião aplaudiu o discurso.

Release

Os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe não conseguiram fazer o pagamento do 13º salário dentro do prazo para os servidores estaduais. Pela Consolidação das Leis do Trabalho o 13º pode ser pago em até duas parcelas, a primeira entre fevereiro e novembro e a segunda, até 20 de dezembro.

Pague-se

Completamente desnecessário o estrago feito na árvore da 314 norte em frente a barraquinha do chaveiro. Há multa para tudo, menos para quem acaba com dezenas de anos de vida de uma árvore.

Destruição

Outra coisa comum naquela quadra são os caminhões que atravessam pelas calçadas destruindo o que foi recentemente feito. Os moradores só assistem sem poder fazer nada.

Vigilância Sanitária

Em vários órgãos públicos, empresas e acreditem, em padarias e restaurantes, falta um tanque para lavar panos de chão. O pano é limpo na mesma pia onde é feita a comida, pizza ou onde todos lavam as mãos e escovam os dentes.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na W3, com o Eixo Monumental abriram uma vala anteontem. O serviço foi feito imediatamente. Fechada a vala, poucas horas depois veio outra turma, e abriu novo buraco na distância de oitenta centímetros do primeiro. (Publicado em 11.10.1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
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