Por uma Bienal Brasília

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Desde 1960
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com Circe Cunha e Mamfil

Com o título, concedido agora pela Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (Unesco) ,de Cidade Criativa do Design, aumentam, ainda mais, as responsabilidades de Brasília, em manter o status de Patrimônio Cultural da Humanidade, atribuída a capital dos brasileiros por essa mesma entidade há exatos trinta anos. Com a concessão desse título pela Unesco, torna-se quase uma obrigação moral e uma necessidade prática a criação, pelo GDF, de uma escola pública de design, desde a base até os níveis mais avançados.

Infelizmente a sociedade ainda não despertou para a necessidade de se criar por aqui uma Bienal de Design, e que a exemplo do festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que já anda na sua 50ª edição, ajudaria , sobremaneira , a divulgar, para o país e para o mundo a sofisticação e o alto profissionalismo de nossa produção artística.

Reconhecimento importa principalmente em responsabilidade de dirigentes e da população. Com o mérito de mais esse título, é oportuno que se retomem algumas discussões sobre o estado da arte na capital, incluindo aí desde a preservação do patrimônio material, até a preparação adequada das novas gerações para dar prosseguimento o estudo, preparação e prática cotidiana do fazer arte. Para tanto é fundamental que sejam reintroduzidas em todas as escolas públicas o ensino das artes. Todas elas. Não apenas para preencher lacunas e atender as exigências mínimas da grade curricular imposta pelos burocratas da educação, mas como condição essencial para a formação do cidadão, naquilo que ele tem de mais precioso que é a capacidade de interpretar o mundo ao seu redor, extraindo dele o que ele tem de mais valioso e educativo.

A capital das artes precisa, antes de tudo aceitar a responsabilidade de ser também a capital do ensino das artes. Brasília, onde o ensino e prática das artes seja reconhecida como um referencial para o restante do país e quiçá para o mundo. Houvesse prosseguido seu trabalho, dentro do que foi preconizado na sua formulação original desde Paulo Freire até Anísio Teixeira e outros educadores, o modelo da Escola Parque ,seria facilmente reconhecido hoje como o maior celeiro de artistas do país, não devendo nada aos grandes centros de artes espalhados pelo mundo afora. É preciso reconhecer qeu o título concedido vem muito do trabalho realizado pelos artistas que colaboraram lá atrás na construção de Brasília. Gente como Athos Bulcão, Burle Marx, Ceschiatti, Bruno Giorgi, Marienne Peretti, Sérgio Camargo, Alfredo Volpi, , Joaquim Tenreiro, Sérgio Rodrigues, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e muitos outros. O maior problema no caso da produção artística persiste ainda na sua atrelação antiga aos ditames do governo.

Há ainda entre nós um compadrio entre arte e governo. O que se mostra necessário, numa terra de escassos mecenas e de fundações com esse sério propósito, é também o calcanhar de Aquiles de nossa produção. Como bem ressaltaram os técnicos da Unesco, a concessão desse título é um fator estratégico não só para o desenvolvimento urbano sustentável e a inclusão social, mas sobretudo para salientar a importância das artes na construção de uma cidade mais humana e fraterna. Brasília surgiu exatamente dessa junção entre arte e arquitetura, portanto seu destino natural parece ser prosseguir nesse mesmo modelo, aliando ao bom urbanismo o que de melhor nossos artistas produzem.

A frase que foi pronunciada:

“ Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras.”

Sigmund Freud

Muito boa

Essa vale compartilhar. Foi revivida por Gaudêncio Torquato. Ele conta que Ronaldo Cunha Lima não quis o nome Raquel para a filha. Avisou que seria Glauce. E explicou a razão foneticamente:
– “Quando ela pedir alguma coisa e não souberem bem o que é, vão dizer : Qué qui Raqué qué?”

Sem ofensa

Fernando Henrique Cardoso e Luciano Huck vistos almoçando juntos em São Paulo parece ser um sinal de acreditar que os brasileiros ainda não têm discernimento para votar. Um candidato que nunca administrou um povoado, uma cidade ou um estado precisa ser proibido de se candidatar a gerir um país.

PEC 1886/12

Difícil acreditar que passaria na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição dando aos militares o direito a greve e livre associação sindical. Um grupo que mais parecia estrangeiro comentava na porta do plenário que o que seria justo era dar aos homens da defesa de todo o mundo o direito de optar pela própria vida negando servir em guerras, onde os interesses em jogo não são propriamente dos soldados nem da população.

Mais assoreamento

Chegam as chuvas e as obras do Trevo de Triagem Norte andam em passo de tartaruga. Parece que só há trabalhadores em horário comercial.

Plantar água

Por falar na TTN vejam que incoerência. De um lado o racionamento d’água e de outro mais uma nascente sufocada. Dessa vez a do Parque Vivencial visto logo após a Bragheto. Natural seria o GDF cercar todas as nascentes do DF, e em parceria com a UnB ,Parques e Jardins e administrações replantar a mata ciliar dos locais.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 02/11/2017

Mora em Brasília o homem que a construiu. Cercado de toda a sua equipe, conhecendo todas as particularidades da grande obra que assombrou o mundo, é um soldado que bem poderia ser convocado. (Publicado em 06.10.1961

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: Política Brasil Brasília Mamfil Ari cunha circe cunha

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