Desde 1960
com Circe Cunha e MAMFIL
Pobre de nós que acreditamos no noticiário diário que mostra um país, recém-saído de uma ditadura, e já atolado em uma infinidade de escândalos que se sucedem à um ritmo alucinante. Pobre de nós que continuamos sofrendo e acreditando nas mentiras da mídia golpista que imputa aos treze anos de governo petista, todas as agruras que o país através essa agora. Pobre de nós que acreditamos que operações policiais, como a Lava Jato irá provocar o romper de um novo modelo político para o país. Pobre de todos nós que acreditamos que juízes como Sérgio Moro irão lavar a honra de brasileiros despojados do mínimo de cidadania desde 1500.
Pobre do Lula e do seu partido, execrado tão impiedosamente pela imprensa. Pobre do Partido dos Trabalhadores, tão vilipendiado. Pobre do José Dirceu, do Palocci, do Vacari. Pobre do Joesley e do Wesley, empresários tão empreendedores, massacrados pela população invejosa. Pobre do Congresso, ao qual todos os deslizes são atribuídos. Pobre daqueles que acreditam a democracia como o único meio de se atingir a cidadania plena. Pobre da Polícia Federal e do Ministério Público.
Pobre do ex-deputado Eduardo Cunha, acusado de forma cruel por crimes, que todos sabemos, seria incapaz de cometer. Pobre de sua mulher, impedida de frequentar lojas de grife, por uma população invejosa e sem recursos. Pobre dos traficantes do morro e das cidades, acusados e impedidos de prosseguir em seus rentáveis negócios, por força de uma sociedade mesquinha. Pobre da Oderbrecht, enxovalhada, sem piedade, pelo noticiário diário.
Pobre dos antigos diretores da Petrobrás, escolhidos para serem bodes expiatórios de situações que reconhecemos ilusórias e falsas. Pobre do presidente da república, alvo de insinuações maldosas. Pobre de seu ministério. Pobre da Dilma, tão eficiente e dedicada que acabou despertando a ira de muitos. Pobre do MST e do MTST, tão incompreendidos e difamados. Pobres dos vândalos que queriam incendiar a capital, incompreendidos e reprimidos com tanta firmeza. Pobre do BNDES, um banco tão empenhado em promover com farta distribuição de recursos a campões nacionais e democracias sul americanas e afinal, alvo de críticas injustas. Pobre dos militantes que não conseguem vencer a corrupção e apelam a favor de uma luta sangrenta contra quem trabalha para construir a vida e a sociedade. Pobres dos pobres, que estão nesta condição por vontade própria e preguiça. Pobre das elites, apontadas, falsamente como concentradoras de renda. Pobre do Brasil, que só está nesta condição, por força de um destino que é só seu. Pobre de nós que somos tão pobres de espírito e não cremos que nossos líderes haverão de salvar a pátria.
A frase que foi pronunciada:
“A atitude das pessoas também ocupa várias dimensões no espaço. Uma dimensão quando ela está frente a frente, outra quando não está mais. Depois como ela interpreta sobre o que ouve e vê e por último, o que ela tem dentro de si e desconhece.”
Dona Dita
Relaxa!
Esse mundo dá voltas. Aquela Marta Suplicy que teve o orçamento do Ministério cortado quando era do PT é agora presidente da Comissão de Assuntos Sociais, onde será votada a Reforma Trabalhista.
Bravíssimo
“Canta que te fa bene” – Ainda repercute o encontro de coros italianos em Brasília. Se depender de apoio do embaixador Antonio Bernardini muitos outros coros virão à capital. Ele cantarolou todas as músicas. Essa é a interação que qualquer coral deseja.
Leitura
“Mata Branca” de autoria de Frederico Flósculo está à venda na mão do autor ou pelos Correios. Pela Internet o autor é localizável.
Plenário
O deputado Augusto Carvalho registrou repúdio às campanhas maciças que tentam denegrir o Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Aliás quando alguém se propõe a trabalhar nesse país, é violentamente atacado. A cultura de só fazer o que der vantagens pessoais é o que tem valido.
Elementar
Ficou fácil saber que político tem relação estreita com Joesley Batista. É só pesquisar os dias de churrasco.
Visibilidade
Ostomizados são pessoas que, por cirurgia, têm um caminho alternativo no corpo para a saída de fezes e urina ou também para a respiração e alimentação. Trata-se de uma comunidade invisível que agora levantou a voz na Câmara Legislativa do DF para ser enxergada e respeitada. “Esse é um tema hermético e específico, mas que tem um impacto imenso na vida dessas pessoas. Precisamos conhecer a situação, do que precisam, quanto custa”, elogiou a iniciativa o deputado Wasny de Roure
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Confirmamos, na íntegra, a versão ontem veiculada nesta coluna. O baque forte que os passageiros do “Caravelle” sentiram, foi quando o avião bateu antes da pista, no cascalho da cabeceira. (Publicado em 29.09.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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