Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Num autêntico Estado Democrático de Direito, as instituições republicanas exercem papel fundamental e devem responder no âmbito de suas responsabilidades. Para tanto, esses organismos devem fazer por merecer a mais irrestrita e ampla confiança, de modo que os cidadãos percebam que, no comando do país, nos mais altos escalões da máquina pública, tomam assento os melhores nomes da nação. Ocupam altos cargos homens e mulheres, bem preparados tecnicamente e de comportamento ético irrepreensível. Obviamente, para atingir esse Olimpo, esses indivíduos especiais foram submetidos às mais duras provas, sendo selecionados entre o que o país tem de melhor em material humano. Quando alguns desses requisitos deixam de ser atendidos, o Estado começa a derivar para o caminho das incertezas, da falta de confiança e de apoio da população. A força dos que estão assentados em posição de mando e controle é, ao mesmo tempo, a sua maior fragilidade.
Expostos à vigilância diuturna da sociedade, num tempo de amplas comunicações, qualquer vacilo põe por terra reputações e currículo num piscar de olhos. Dessa forma, não se podem simplesmente deixar de lado, varrendo para baixo do tapete, as diversas revelações que vão vindo à tona com as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal acerca dos megaescândalos descobertos até o presente, principalmente no que diz respeito à extensa lista de nomes que aparecem nesses episódios.
Muito se tem falado sobre o envolvimento de políticos e personalidades famosas nos atos sombrios. Os muitos inquéritos abertos e algumas poucas condenações havidas não tiveram ainda o condão de fazer com que os citados nesses casos rumorosos tenham tomado a iniciativa pessoal de se afastarem dos altos cargos que ocupam até a conclusão final da Justiça. Motiva alguns desses personagens a permanecerem no exercício das nobres funções a certeza da impunidade, a blindagem do foro de prerrogativa, a morosidade da Justiça e a pouca memória dos cidadãos.
Em todo caso, fica a certeza de que muitos desses personagens estão a léguas de distância de merecerem de fato a posição que ocupam. Falta, à maioria de nossas lideranças nesta República tão enxovalhada, o real sentido de nobreza e de desprendimento do cargo ou função e, quando pairam dúvidas sobre as condutas morais, escondem a cabeça num buraco, feito avestruzes assustados, ou se fingem de mortos, como se já não estivessem de fato aos olhos da nação.
A frase que foi pronunciada
“Vamos testando a paciência, primeiro aumentando o preço do combustível, que certamente cairá como o efeito dominó nos preços dos supermercados. Se der tudo certo, a população só bater panelas, votaremos o novo Código Penal à nossa moda.”
Diálogo imaginário da ópera de Jorge Antunes
Um governo para nenhum povo.
Piratas do Norte
» Mascarados no meio da noite invadem barcos no Rio Amazonas, atacam passageiros e roubam cargas. Quanto mais a população da Amazônia cresce, mais drogas e gangues vão loteando a região. Por enquanto, não há capacidade estrutural do governo de manter a segurança em barcos. Que funcione de dica proativa do policiamento lacustre em Brasília.
Administração
» Como é o caso do governador Rollemberg, quem vem depois da bandalheira tem o dobro de esforço para se equilibrar. Pedro Taques, que no Senado foi brilhante, pena como governador de Mato Grosso. Precisa retomar um projeto fraudulento pagando o dobro para salvar uma linha de BRT (com ônibus) no lugar do plano inicial com vagões de trem, que já foram adquiridos e estão parados.
Na final
» Levantamento do Congresso em Foco atesta que seis em cada 10 senadores são alvo de inquéritos. Por enquanto, isso quer dizer muito pouco. Depois da sentença é que se conhece a verdade.
Na gaveta
» O então deputado federal Expedito Neto estava de olho para autorizar o uso do bitcoin já cobrando taxas e impostos. A inteligência dessa moeda virtual está justamente na descentralização. Talvez taxassem o criador da internet, algum site ou, quem sabe, um algoritmo. A notícia foi publicada pela Agência Câmara.
Lá e cá
» Vou conversar com Claudia Lyra para saber sobre a viabilidade de adotar em Brasília a ideia da equipe do governador João Doria. Ele pensa em atrair as seguradoras de veículos para premiar motoristas que conseguirem um ano sem multas.
Proteste
» Com o aumento súbito dos combustíveis, a única forma de protestar é exigir a nota fiscal. Mas, para isso, precisaria haver a obrigação dos postos de entregar a nota em menos de dois minutos.
Quem?
» Por falarem em protesto, a iniciativa da Caesb de colocar hidrômetros individuais em salas comerciais foi inteligente e prejudicial. Contra a regra do Estatuto do Consumidor, mesmo que a quantidade de água do consumo mínimo não seja entregue, é devidamente paga. Algum deputado distrital tem coragem de apresentar projeto de lei a favor do consumidor?
História de Brasília
» Esta a razão pela qual os alojamentos ainda não foram inaugurados, já que são destinados a abrigar os funcionários da Novacap. (Publicada em 1/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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