Outros tempos, as mesmas verdades

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Imagem: ptnacamara.org

Diferença fundamental entre o fanatismo político e a ciência é que, enquanto um se baseia na autoridade, o outro se baseia na observação e razão. O objetivo final da ciência é a verdade. O da política, é o poder. As consequências desse debate têm, no entanto, ido muito além das discussões entre paralisação e isolamento. No campo político, as oposições têm aproveitado o momento não apenas para desacreditar as teses do presidente Bolsonaro, como também para empurrar o país para uma crise institucional, o que, na avaliação dessa gente, renderia benefícios diretos já nas próximas eleições.

Um movimento internacional espalha carta aberta às nações, por e-mail, em italiano, inglês, português, alemão, espanhol e francês. Afirma que o texto foi feito coletivamente e já contou com o apoio de Dom Mauro Morelli, Padre Júlio Lancellotti, Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda, Carol Proner, Zélia Ducan, Michael Löwy, Eric Nepomuceno, Ladislau Dawbor, Frei Betto, Yves Lesbaupin, Regina Zappa e outros. Diz que “no Brasil, homens e mulheres comprometidos com a vida estão sendo mantidos como reféns por Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto com uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.” Provavelmente referem-se à pandemia. Ao contrário do que parece, se tivessem mesmo interesse pela vida, lutariam pela prevenção da doença, falariam da China sem temor, não estariam lutando pela volta do dinheiro fácil, às custas do trabalhador brasileiro; estariam interessados em lutar juntos pelo país, como o pacto sugerido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Diz ainda, em relação ao presidente do país, que: “Este homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção do meio ambiente e a compaixão.” O ódio pelos outros é a razão de exercer o poder. Ao mesmo tempo em que fazem essa afirmação, os signatários, em sua maioria, são a favor do aborto e a um terceiro, quarto gênero, que ultrapassam o feminino e masculino, negando a ciência descaradamente.

E a missiva continua. “O Brasil hoje sofre com o colapso intencional do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas preventivas básicas, o incentivo à aglomeração e a quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política de saúde, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e põem em perigo toda a humanidade. Assistimos com horror ao extermínio sistemático de nosso povo, principalmente dos pobres, quilombolas (comunidades de ex-escravos) e indígenas.” Mais uma vez, desviam o olhar do culpado por tudo isso. E mais. Falam como se outros continentes não estivessem atravessando o mesmo padrão de contágio. Esquecem-se também da Suprema Corte, composta por indicados do mesmo partido, que negou poder ao presidente para agir, dando essa responsabilidade aos governadores.

Quando o discurso é um e a prática é outra, não conseguem mais enganar. Vieram mesmo para matar, roubar e destruir. A igreja é a próxima a sofrer ataques. Que ore e vigie. Aos poucos, essa ideologia da polarização vai ganhando espaço. Em nome do ecumênico, a CNBB sofre críticas até hoje com uma campanha nada fraterna e totalmente incoerente. No passado, a semente da discórdia foi plantada com uma intenção aparentemente positiva onde Comunidades Eclesiais de Base, tidas como comunidades inclusivistas, eram incentivadas pela Teologia da Libertação nos anos 1970 e 80. Na coxia, o teatro continuava depois que saíam do palco sob aplausos efusivos. O filósofo de Mondubim gostava de repetir Abraham Lincoln: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.” Ponto. Saudações!

A frase que foi pronunciada:

Vivemos em tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.”

Hannah Arendt

Hannah Arendt

Críticas e soluções

Por falar em carta aberta, veja na íntegra, no link MANIFESTO POR UMA POLÍTICA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO DISTRITO FEDERAL, o manifesto do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio, com um posicionamento sólido sobre a situação do conjunto tombado em Brasília e indicando as ações necessárias.

Informação

Farmacêuticos do DF estão sendo contaminados pela Covid-19, em seus ambientes de trabalho. Diariamente, eles estão em contato direto com o paciente nas farmácias e drogarias. Segundo levantamento do CRF/DF e do Sincofarma, aproximadamente 1000 farmacêuticos, fora os atendentes de farmácia, foram afastados com suspeita e diagnóstico de COVID-19 e, pelo menos, 07 óbitos de farmacêuticos já foram registrados em decorrência da doença.

Foto: crfpi.org

SOS Melchior

Postamos também, a seguir, imagens do Rio Melchior. Ele nasce na Área de Relevante Interesse Ecológico, JK. Na verdade, é formado a partir da junção do Ribeirão Taguatinga com o Córrego do Valo e o Córrego Gatumé e, ao longo de todo o seu percurso, recebe, em seu leito, contribuições de inúmeras nascentes e pequenos córregos. Além dos três cursos d’água citados anteriormente, são pelo menos quinze afluentes, provenientes, especialmente, da Ceilândia e Samambaia. O informe está no Blog do Chico Santana, mais um jornalista apaixonado pela cidade.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Pelo projeto do sr. Lúcio Costa, a área asfaltada é área de abastecimento. A frequência ao restaurante de Umidade Vizinhança será por dentro da Superquadra, onde há calçada já pronta. (Publicado em 27/01/1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AriCunha #AVidaAcimaDeTudo #Brasília #CirceCunha #COVID-19 #GovernoBolsonaro #HistóriadeBrasília #Mamfil #Manifesto #Pandemia

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