ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Descrédito parece ser a palavra que melhor traduz, hoje, o sentimento que a maioria dos cidadãos nutre com relação às lideranças políticas. Não apenas no Brasil, mas em grande parte dos países do Ocidente. De fato, há um misto de desencanto e frustração que parece permear a maioria das sociedades modernas com relação aos seus governantes.
No Brasil, essa sensação é elevada, ainda, com as denúncias de corrupção generalizadas que eclodem a cada dia. No nosso caso particular, a situação parece caminhar para um ponto de inflexão de tal ordem, que muitos brasileiros já se declaram, abertamente, a favor de uma intervenção militar e de um endurecimento institucional.
Para uma democracia que mal começou a se firmar de pé, seria um enorme retrocesso. Os próprios comandantes das Forças Armadas, já se apressaram, mais de uma vez, em afastar essa possibilidade. Do ponto de vista histórico, dizem os especialistas, parece haver uma repetição dos acontecimentos que varreram o país no início dos anos sessenta. Obviamente que essa impressão é falsa.
De toda a forma, o que parece ser semelhante não é igual. Mas uma coisa não mudou neste meio século que nos separam daquele março de 1964: a vocação da nossa classe política e civil para entornar o caldo das crises.
A distância que nos separa daquele 31 de março permite-nos analisar, com clareza, o desenrolar dos fatos. Naquela ocasião, como hoje, o laboratório das crises institucionais permaneceu no mesmo lugar, ou seja, no coração dos partidos. No caso atual, nos mais de trinta partidos que envolvem como moscas uma república carcomida por dentro.
Neste sentido, os acontecimentos do passado, induzidos pela classe política, são os mesmos que parecem nos empurrar para o beco sem saída do caos atual. A crise, que faz com que muita gente sonhe com a volta do passado, irradia seus gases mortíferos, por obra e graça das atuais lideranças políticas. Algumas delas, inclusive, processadas e presas.
Não há, como alguns irresponsáveis querem fazer crer, uma agitação nos quartéis. Há, isso sim, um contínuo mal comportamento dos dirigentes políticos, boa parte flagrada em malfeitorias. Para onde se volte a vista, a Leste ou Oeste, esquerda ou direita, há sinais claros de desarranjo.
Para aqueles que tem seus nomes inscritos nesse vendaval de ilicitudes, revelados por Operações como a Lava Jato, a saída dos militares dos quartéis, ao empurrar o país ladeira abaixo numa crise sem precedentes, ajudaria a desviar atenção de todos e acabaria por colocar todos no mesmo balaio de gatos.
De semelhante tem-se o fato de ontem, com o hoje, a sociedade assiste a tudo de camarote, meio atônita, meio indiferente. Criativa, prefere criar piadas novas pelo WhatsApp ou Facebook do que engendrar uma saída cidadã. Mudando-se os slogans, temos que a marcha pela família com Deus pela Liberdade, ocorrida entre março e junho de 1964, possui similaridades com as gigantescas manifestações de rua havidas em 2013. Lá, como agora, o alvo eram os traidores da legalidade, os embusteiros de sempre, os milagreiros, os Odoricos Paraguaçu que teimam em nos ameaçar com suas prestidigitações políticas.
Se ontem coube aos militares o papel de promover uma faxina necessária, impedindo que o país seguisse o sendero cubano, hoje essa tarefa já pode ser desempenhada com maestria pelos xerifes da lei, com o Ministério Público à frente.
A frase que foi pronunciada:
“Os verdadeiros artistas e criadores constituem sempre contra-governos, governos nas sombras a partir das quais vão impugnando as certezas, as retóricas, as ficções ou verdades oficiais e recordando, no que pintam, compõem, interpretam ou fabulam que, contrariamente ao que sustém o poder, o mundo vai muito mal, e que a vida real estará sempre abaixo dos sonhos e dos desejos humanos.”
Mario Vargas Llosa
Sem soberania
Sem punição exemplar e sem a necessidade de revitalizar o estrago feito. Depois do Rio Doce e de Paracatu, agora é a vez da mineradora Barcarena, no Pará. Poluição na água potável que servia a população. O Ministério Público já iniciou o trâmite para impedir estragos maiores.
Visual
Tristeza profunda ver que, até hoje, no Paranoá Parque, nem moradores, nem governo tiveram a preocupação de plantar árvores para dar frutos e mais vida ao local. Trator, cimento, caixa d’água e muito barro. Casa própria em lugar sem vida.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Enfraquecida, a posição do Primeiro-Ministro, ao sugerir a instalação de um gabinete no Rio e outro em Brasília. (Publicado em 14.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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