ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Poucas coisas nesse mundo resistem à ação profilática da luz intensa. Nem o mofo dos armários e baús, muito menos o bolor moral e ético, quando exposto, ao vivo, sob os holofotes da TV pública, ocasião em que ficam submetidos aos olhos e ouvidos da população atenta.
Os julgamentos do Supremos Tribunal Federal, transmitidos ao vivo por TV aberta para todo o país, tiveram o condão de criar na população uma certa intimidade com o dia a dia daquela Corte, semelhante ao que ocorre nas telenovelas, aproximando telespectadores e atores numa típica relação humana onde o amor e ódio vão se alternando no mesmo espaço e tempo.
Mesmo o diálogo empolado dos ministros não tem sido empecilho para que o povo passasse a acompanhar com atenção o desenrolar das sessões, atraído por cada lance da longa dramaturgia, revelando os atos de corrupção que infestam o Poder e vêm sendo apresentados em capítulos desde junho de 2005. Os casos que vieram à tona do Mensalão e do Petrolão, indo muito além do que a própria ficção, acabaram por se transformar numa espécie remodelada de antigo folhetim ao qual se juntaram, além dos personagens envolvidos na trama original, todos aqueles incumbidos de fazer cumprir a lei. Dessa forma, ganharam destaque nessa trama, além do juiz Moro e sua equipe, os 11 integrantes do STF, a quem estava reservada a palavra final sobre o destino dos acusados. A partir desse momento, ao acompanhar o epílogo dessa trama policial, a população passou a identificar e a separar, dentre os 11 personagens de capa preta, aqueles que abririam as portas para a chegada de um novo Brasil, daqueles que, usando das filigranas e dos labirintos intrincados da lei, pretendem ainda manter o status quo, quer por convicção moral, ou por mesura àqueles que os alçaram a mais alta Corte.
Obviamente que o público passou logo a separar, dentre esses personagens, seus heróis e seus vilões favoritos. Muitos desses protagonistas ainda buscavam, voluntária e insistentemente, a luz da imprensa para reafirmar suas posições dogmáticas, o que fez, naturalmente, aumentar a ira da população, já atiçada e antagonizada entre coxinhas e mortadelas. O resultado de tanta exposição não poderia ser outro: estigmatizados quando apanhados distraídos em meio à multidão, muitos desses ministros passaram a ser alvos de todo o tipo de críticas e de linchamento moral.
Para complicar ainda mais um enredo que já era surreal e inamistoso de parte a parte, a Corte resolveu alugar uma sala vip no aeroporto internacional de Brasília, para separar as novas celebridades do grande público, usando para isso, acreditem, recursos da própria população.
Sob o pretexto de segurança dos ministros, assustados com a popularidade negativa, R$ 374,6 mil dos cofres públicos foram destinados a esse mimo, que contraria o mais básico de todos os preceitos da Constituição que afirma em seu artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade…”
Num país ideal, nessa sala VIP, onde caberiam todos os brasileiros de bem, esse conjunto de três letras significaria simplesmente o Valor Inestimável da Prudência.
A frase que não foi pronunciada:
“Mensalão, 13 anos.”
Lembrete na geladeira
Hackers
Material interessantíssimo nos foi enviado por Camile Freitas sobre a Cylence, que desenvolve estratégias para combater a engenharia social. Nossa coluna já falou sobre o assunto. Engenharia social são artimanhas manipuladoras de hackers usando a vaidade ou a ingenuidade dos internautas para roubar dados. Anexos para serem abertos com o convite: lembra da nossa infância? Parabéns, você ganhou! Seu contracheque saiu, veja o que faltou no seu imposto de renda… e por aí vai.
Vergonha
Quem cai no golpe online, ou ataque de engenharia social, fica escondido para não parecer tolo. Essa é a principal razão que mantém os cibercriminosos a não desistirem. Vale conhecer o portal. Veja no blog do Ari Cunha www.cylance.com.
Entrada franca
BSB Cidade Design. Laboratório de criatividade em artes plásticas, arquitetura, música, Brasília é sede da BSB Cidade Design. A mostra reúne trabalho de 25 artistas com obras individuais e coletivas. Músicos de Brasília vão tocar para os visitantes da exposição toda sexta e sábado, das 17 às 22 horas. A mostra é coordenada pelo Instituto do Terceiro Setor, instituição sem fins lucrativos, que apoia e viabiliza projetos no campo sociocultural, em parceira com a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer e o Ministério das Relações Exteriores. Até 7 de julho. Dê uma espiada nos detalhes da exposição no blog do Ari Cunha.
Clube Nipo
Inácio Satoshi Takeuti, Flávio Hideo Mikami, Nelson Itiro Miura e Washington Takeo S. Shinohara estão preparando uma bela quermesse nesse fim de semana. O segredo para curtir é chegar cedo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Hoje é o aniversário de Goiânia. A Goiânia pequena, mas movimentada, com seu povo livre e contente, Capital da Legalidade, deu alto o seu grito de protesto, e concorreu com sua parcela de esforço e de risco, para que o país vivesse tranquilo. Goiânia dos Ludovico, dos Borges Teixeira, dos Caiado, e Goiânia, também, de todos que procuraram, na nova cidade, viver feliz e construir um grande centro. (Publicado em 24.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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