ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil
colunadoaricunha@gmail.com;
Karl Popper (1902-1994), considerado um dos mais influentes e destacados filósofos do século XX, costumava afirmar que se não estivermos preparados para defender uma sociedade tolerante contra o ataque dos intolerantes, então os tolerantes serão aniquilados e a tolerância desaparecerá com eles.
Na sua visão, as ideologias da intolerância, que ele viu crescerem em sua Viena natal com a ascensão do Nazismo, devem ser combatidas com argumentos racionais e mantidas sob controle pela opinião pública. É preciso debater no nível de argumentação racional. A experiência de vida havia ensinado a Popper que as ideologias enganosas que incitam a violência e a morte devem ser encaradas como atividades criminosas, já que ao fim, ao cabo, o que pregam, de fato, é o retorno à escravidão.
Essa visão adquire, no Brasil do século XXI, uma atualidade espantosa. Entre nós, o fato que deflagraria o ambiente de intolerância generalizada que aos poucos foi tomando conta do país não foi nenhuma tese filosófica ou doutrina ideológica partidária com fundamentos sólidos, mas tão somente a sequência infindável de escândalos espetaculares que começaram a vir à tona, mostrando um Estado que estava sendo totalmente corroído por dentro.
A disseminação do ódio e da cizânia surgiu como única estratégia possível para a defesa daqueles que haviam, por mais de uma década, promovido a maior dilapidação já vista do Estado. Nesse sentido, os episódios de intolerância que ainda insistem em acontecer por parte daqueles que perderam a razão e o juízo, evidenciam que, na falta de argumentos razoáveis e sólidos, a opção fica a cargo da intimidação física e dos punhos.
O caso, surrealista, em que o próprio presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (Sindjors), Milton Simas, foi flagrado intimidando o repórter da TV Record Paraná para que não realizasse cobertura dentro de um acampamento em Curitiba, demonstra que o aparelhamento político partidário dos sindicatos, ao transformar essas entidades em braços auxiliares do governo de plantão, criaram, mais uma vez, todas as condições para enfraquecer e desacreditar o movimento sindical como ferramenta em defesa dos interesses dos trabalhadores, independente do credo político de cada um.
Se, como dizia Karl Popper, o Marxismo morreu de Marxismo, o sindicalismo, tal como estruturado na atualidade, irá perder importância e desaparecer, vítima de excesso de partidarismos e de ideologias que absolutamente não interessam aos associados.
A frase que foi pronunciada:
“Sindicato é uma agremiação não política segundo a norma legal brasileira e fundada para a defesa comum dos interesses de seus membros associados em colégio – colegiado.”
Dicionário e norma legal brasileiras desatualizados.
Nova cultura
Eleita a nova conselheira do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites), Emília Stenzil admite, em entrevista, que terá um trabalho árduo em Brasília. A capital tombada está repleta de pontes sem manutenção. O trato com a arquitetura da cidade precisa ser técnico e não político, sob o risco de a capital do país perder a chancela de Patrimônio da Humanidade.
Tristeza
Enquanto a Rádio MEC FM comemora com glamour seus 35 anos no dia 10 de maio, às 20 h, na sala Cecília Meireles, no Rio, a Brasília Super Rádio FM joga fora anos de tradição desconsiderando o carinho da classe artística de Brasília pelo programa Um Piano ao Cair da Noite, onde eram feitas, pessoalmente, as divulgações da vida cultural da cidade.
Mistério
Renato Santana tem investido em publicidade com o mote “desatando nós.” O que ninguém entendeu até agora é a dificuldade que o vice tem tido para conseguir desatar seu próprio nó górdio com o governador Rollemberg.
Release
Nesta sexta, a partir das 18h30, no Carpe Diem, o escritor, terapeuta, palestrante e Leader Coach, Mário Salomão, lança livro que desmistifica os processos de insegurança, ansiedade, timidez, pânico e fobias, utilizando-se de uma linguagem clara, conduzindo o leitor a uma compreensão simples e esclarecedora. A mecânica do medo -A aceitação de si (Tagore Editora, 172 páginas, R$ 40,00).
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O presidente João Goulart, falando aos bispos, fez elogios à “Mater et Magistra”, mas ao se referir ao Papa João XXIII, chamou-o de S.S. Pio XXIII. (Publicado em 19.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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