O ocaso de um político

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: redacaoemrede.blogspot.com.br

     Quem conhece um pouco de história e pôde acompanhar a movimentação em volta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo para impedir uma iminente prisão do ex-presidente Lula chega à conclusão de que o fim melancólico desse líder, como os exemplos passados ensinam, se repete sempre que o personalismo exacerbado se sobrepõe e contamina a estrutura partidária. Nesses casos, invariavelmente, o destino pessoal do líder passa a se ligar de forma indissociável de todos à sua volta. O que acontecer a ele, acontecerá a todos igualmente. Em situações como essa, não chega a ser surpresa de que o destino de Lula será o destino não só de sua legenda e do que restou de seu grupo político mais próximo, mas dos movimentos sociais, das ONGs, dos sindicatos pelegos e de um sem fim de grupos satélites que viveram à sombra do Estado.

           O transatlântico do Lulismo vai à pique, levando com ele um período da história do país em que a pantomina política foi o traço marcante. A transformação da sigla dos trabalhadores em um partido de nítida característica fascista foi obra de um progressivo e bem elaborado projeto traçado desde o Fórum de São Paulo; e se intensificou, de forma desesperada, a partir das revelações que vieram à tona com a Operação Lava Jato.

           Postos a nu com as delações premiadas, restou ao lulismo recorrer à propaganda e à divulgação sistemática de narrativas fictícias, que visavam construir uma nova realidade, obviamente sobre os escombros da verdade. Com efeito, lançaram mão de outra estratégia fascista ao apontar a grande imprensa como inimiga do partido e que, portanto, deveria ser hostilizada e atacada onde estivesse.

        Jornalistas foram agredidos, ameaçados, encurralados, gráfica de jornal invadida. Não satisfeitos, atacaram inclusive a residência da própria presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia. Para a consecução desses objetivos, foram organizados, também dentro do figurino fascista, milícias e outras forças paramilitares para punir severamente todo e qualquer adversário.

       Também o desrespeito às instituições e o não acatamento das decisões, mesmo dos tribunais superiores, revelam traços de um fascismo de contornos caudilhescos, em que a vontade e os desejos do líder se sobrepõe a tudo e a todos.

     O futuro que parece cada vez mais, reservado a esse partido, é a entrada para a clandestinidade, se transformando numa espécie de grupo guerrilheiro e radical, semelhante aos camisas negras, os “Fasci Italiani di Combattimento”. A refundação do partido, conforme pregado por algumas lideranças no longínquo 2005, deu lugar a um segundo naufrágio: primeiro com o impeachment da ex-presidenta Dilma; agora com a decretação da prisão do grande guia, que, com os seus, ruma para o pântano da história.

A frase que não foi pronunciada:

“Perderam a ternura.”

Che Guevara, de onde estiver, analisando os petistas

Preparativos

Nesse ano, as regiões administrativas estão preparando, com todo esmero, o 58º Aniversário de Brasília, para que a população participe ao máximo da festa. O secretário Marlon Anderson Costa, do Apoio às Cidades, já providenciou o cadastramento dos ambulantes que terão autorização para trabalhar no dia 21 de abril. A convocação foi feita pelo Diário Oficial.

Imagem: agendacapital.com.br

Divulgar

Por falar em preparativos, seria uma bela oportunidade distribuir o hino de Brasília nas escolas do DF. O governador Rollemberg ou a dona Márcia, que certamente foram alunos de dona Neusa França, fariam uma justa homenagem à mestra.

Haja tempo

Herdada dos portugueses, a burocracia no Brasil ainda não foi vencida. Um microempreendedor individual que queira abrir uma empresa o faz bem rápido. Mas no momento de emitir um recibo pelos serviços é uma maratona de idas e voltas. Até a gráfica que vai imprimir o boleto precisa ter a assinatura reconhecida em cartório. Há caminhos muito mais curtos e muito mais seguros. A internet está aí para isso.

Charge: mcartuns.wordpress.com

Contrato

Cristina da Silva Britto foi a historiadora contratada para realizar uma pesquisa e escrever um livro sobre a evolução histórica e administrativa do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Para ficar no vai e vem, os funcionários, em número elevadíssimo, deveriam ter uma casa montada no Rio e outra em Brasília, com os filhos 6 meses numa escola carioca, e outra metade do ano numa escola de Brasília. Ora, doutor Cardoso! (Publicado em 18.10.1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: #Brasília #HistóriadeBrasília #AriCunha #CirceCunha #Mamfil

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