VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
Das operações do intelecto capazes de definir e distinguir o falso do verdadeiro, a lógica é, seguramente a mais importante das funções humanas . Mesmo assim, essa é uma função pouco ou nada usada quando o assunto é política nacional na condução do Estado. É nesse ponto que reside a nossa grande diferença em relação aos demais países do mundo civilizado.
A lógica se liga à verdade, quando demonstra satisfazer as duras exigências da ética humana. A falta de lógica em nosso modelo político de gestão do Estado, demonstra que não há verdade naquilo que é feito. Com isso fica a premissa de que nosso Estado é uma entidade falsa. O que se tem é uma fachada cênica. Por detrás movem-se os eleitos políticos, numa encenação mambembe, que se repete a cada temporada do Grande Teatro Brasil , de quatro em quatro anos.
Por isso mesmo, nada no mundo da política nacional parece fazer sentido para o cidadão de bem desse país. Entre nós, não há regras ou scripts que não possam ser mudados e adaptadas para que nela se encaixem todos os desejos e vontades do elenco formado por nossa classe dirigente. Fica impossível saber até em que terreno estamos pisando.
O que existe, de fato, são dois mundos díspares. Um no palco e outro na plateia . Um formando pelos dirigentes do Estado, incluindo aí os próceres dos 3 Poderes. Outro mundo, totalmente diferente e até distante, é aquele formado por milhões de cidadãos, que fazem o possível para conduzirem suas vidas o mais distante possível de tudo o que Estado possa representar. Não há ligação possível entre esses dois mundos. Diante de uma constatação tão básica como essa. Fica até difícil saber por onde começar para pôr um fim à essa pantomima que transforma nossas vidas numa tragédia sem fim.
Poderíamos, à guisa de imaginação, começar por substituir as eleições de 22, por um referendo popular, que reunisse sugestões para acabar, de vez, com o atual modelo político vigente, reduzindo o Estado, enxugando a máquina pública, extinguindo privilégios de toda a ordem, cortando benefícios supérfluos, interrompendo fundos partidários e eleitorais, pondo um fim na ciranda eterna da impunidade, nivelando nosso modelo de Estado com outros do mundo desenvolvido e dando, quem sabe, um passo decisivo para adentrarmos, de fato no século XXI.
Ou é isso ou é nada. As eleições vindouras, a permitir a repetição desse falso modelo de Estado que ai temos, em nada resultará de produtiva ou lógica. Sem a possibilidade de um amplo plebiscito que remova o velho Estado e inaugure o Estado da lógica, fundado na verdade e na ética, as eleições apenas servirão para renovar alguns poucos quadros desse elenco de embusteiros, sendo que o essencial ficará imutável. Muito mais importantes do que as próximas eleições é a mudança de modelo, capaz de varrer para longe esses seres do nosso leviatã moderno.
Pelo que se afigura na linha do horizonte, onde pesadas nuvens de fuligem se agigantam, escalando o céu, nada de promissor , saídos das urnas , virá ao nosso encontro. Ou usamos da lógica para encontrara verdade que queremos , ou vamos para mais um quadriênio com uma nova temporada do Grande Circo de horrores Brasil.
A frase que foi pronunciada:
“É cercear o direito de informação do eleitor e abrir espaço para fake news. Uma vez que não será possível divulgar pesquisa na véspera da eleição por um veículo oficial de uma forma regulamentada como prevê a lei, abre-se espaço para circulação de supostas pesquisas nos grupos sociais, nas redes sociais e grupos de WhatsApp, gerando espaço aí para fake news”.
Márcia Cavallari, CEO da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).
Representante
Existe uma regra dentro do Congresso que faz com que os políticos que se preocupam com questões como a ética pública, gastos exorbitantes do Estado , corrupção entre outros temas de interesse direto da população, dificilmente conseguem espaço e apoio de seus pares para fazer avançar seus projetos. Inúmeros são os exemplos de parlamentares que nunca viram prosperarem projetos seus acabando com privilégios e outros direitos reservados apenas para aqueles que estão no poder. Um desses casos é do senador José Reguffe (podemos-DF), proposta de sal autoria acabando com cargos vitalícios nos tribunais de contas e nas altas cortes, assim como a nomeação política de indivíduos para essas importantes funções, aguardam a vez de serem apreciadas há pelo menos quatro anos, e sem qualquer esperança de que venha a sê-lo.
Papéis
Seja nos ônibus ou em qualquer estabelecimento comercial, os funcionários deveriam ser proibidos de fazer qualquer comentário no momento de dar o troco. A obrigação de ter trocado é do comércio, não do consumidor. Pela Lei do Troco o comerciante não pode dar balinhas ou fósforo como troco sem o consentimento do consumidor e se não tiver troco precisa arredondar o valor para uma quantia menor.
História de Brasília
É calamitosa, a situação do DCT em Brasília. Tôda repartição quando transfere seus funcionários tem o interêsse de localizá-los, antes, em apartamentos. No DCT isto não aconteceu, e o que há é um salve-se quem puder. Os chefes, como podem mais, ganham primeiro. (Publicada em 16/02/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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