VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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É sabido que as reservas internacionais do Brasil, muito mais do que uma medida monetária e obrigatória, servem para ocasiões em que a economia começa a dar sinais de colapsar. Atualmente, as reservas brasileiras em moeda ou ativos estrangeiros giram em torno de US$ 362 bilhões. Esse tipo de poupança serve ainda para o pagamento de dívidas e para o cumprimento de obrigações estrangeiras. De acordo com técnicos do Banco Central, essas reservas internacionais podem ser utilizadas para assegurar maior estabilidade em caso de crises cambiais e nas mudanças de fluxo de capital. No caso das crises cambiais, o BC vendeu recentemente mais de US$ 21 bilhões para segurar a alta do dólar. Trata-se da maior intervenção já feita pelo BC desde 2020.
Desde 2022, o BC vem realizando seguidos leilões de dólar para conter a subida constante da moeda americana. Com o dólar já ultrapassando a casa dos 6 reais, as intervenções do BC tem sido quase que uma rotina. Muito além do que propaga o governo, a alta do dólar não tem ocorrido por ações ou ataques especulativos contra o Real. A questão é mais séria e tem sido motivo de várias narrativas por parte do Executivo. O problema não está fora, mas dentro do governo, sobretudo, com relação à trajetória crescente de endividamento, a desconfiança do mercado quanto à má gestão das finanças públicas, os gastos excessivos, além das medidas tímidas apresentadas no pacote de gastos anunciado nesses dias pelo governo.
Ocorre que, para estancar a sangria da economia nacional, a maioria dos analistas previam um conjunto de cortes superior a R$ 250 bilhões. O governo apresentou um conjunto de menos de R$ 30 bilhões para estabilizar a relação dívida/PIB. Com isso, o equilíbrio fiscal ficou a menos de meio caminho. O governo, como é de praxe, colocou a culpa na especulação do mercado e nos memes que corriam pelas mídias sociais. Nada mais fantasioso. O que existe de fato é uma crise econômica derivada de incertezas na política. Os investidores sabem disso melhor até que o próprio governo. O governo nessa questão segue insistindo na construção de narrativas, como se esse tipo de recurso pudesse ser absorvido pelo mercado.
O Palácio do Planalto chegou, inclusive, a falar em perseguição política para justificar a situação deplorável da economia do país. O mercado, obviamente, não acredita e nem aposta um centavo nas políticas econômicas do atual governo. Há sim uma crise de credibilidade e isso é ruim para a economia. O mercado e os investidores não prestam a atenção no que é dito, mas no que é realizado de concreto. Discursos, nessa altura dos acontecimentos, de nada adiantam. O único fator externo ao governo e no qual ele nada pode interferir, vem dos Estados Unidos e do banco central de lá, o FED, que anunciou alta nas taxas de juros e com isso reforçou ainda mais o poder do dólar.
Não fossem esses problemas já de enormes consequências para o futuro da estabilidade econômica do país, a insistência do governo em misturar, na contabilidade fiscal do Brasil, ingredientes de natureza puramente ideológicos, impostas tanto pelo partido no poder como pelo próprio voluntarismo do presidente, vai empurrando o Brasil para uma espécie de recessão igual à herdada no governo Dilma. Exemplo desses impulsos irracionais e totalmente orientados pela política partidária pode ser conferido no alinhamento automático do nosso país ao governo de Pequim, mais precisamente ao Partido Comunista Chinês (PCC), para se contrapor aos Estados Unidos.
Não por outra razão, nossas reservas internacionais já contabilizam mais de 124 bilhões de Yuans, a moeda daquele país. Segundo dizem, foi o próprio presidente Lula que teria insistido na adoção da moeda chinesa nas transações entre o Brasil e aquele país do outro lado do globo. Para alguns economistas, essa é uma aposta pra lá de arriscada. Há quem fale, inclusive, que essas são moedas podres, cujo lastro é dado pelo o que decide o PCC chinês e não com relação à situação real e econômica daquele país. Essa preocupação se prende ao fato de que ninguém sabe ao certo o que acontece na China e quais os projetos que esse país alimenta para o futuro. Essa ideia fixa das esquerdas de cortar o cordão umbilical com o Dólar significa, unicamente, alinhar o Real às manobras políticas de Pequim, cuja amizade pelo Ocidente é apenas uma fachada. Já chega a 20% ou mais o volume de Reservas Internacionais com moedas outras que não o dólar.
O fato é que nem mesmo em locais como a Feira dos Importados de Brasília, onde já se observam grande quantidade de lojistas chineses, o Yuan é aceito. Basta observar que figura histórica está estampada nas notas chinesas. Na nota de 1 Yuan, está a figura de Mao Tse-Tung (1893-1976), que, segundo os historiadores, é responsável direto por cerca de 70 milhões de mortes de chineses, num período de grande sofrimento na história da China, quando mandava assassinar todo e qualquer oposicionista. Ter uma única nota com a estampa desse ditador, não pode ser um bom sinal de civilidade.
A frase que foi pronunciada:
“A ante economia chinesa tem como meta principal derrubar todos os grandes lucros de todos os monopólios internacionais. Não para baratear os custos dos produtos e serviços, mas para expandir o caos e desestabilizar os conceitos de todo o mundo globalizado.”
Ricardo V. Barradas
História de Brasília
A carreira do sr. Sette Câmara na vida pública e na vida dplomátca tem sido um exemplo a ser seguido. A pecha de carreirista, que lhe foi dada pelo sr. Hélio Fernandes merece apenas uma resposta, para quem conhece os dois: a gargalhada.
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