Internet e integridade das eleições

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Lila

Vai ficando mais e mais evidente e confirmada, pelos pleitos eleitorais, não só no Brasil, mas em muitos países, a interação direta entre plataformas digitais e a integridade dos processos eleitorais.

A onipresença da internet, que muitos acreditavam ser a redenção na liberdade de opinião, tem sido usada de duas formas: tanto para afirmar princípios democráticos, quanto para dar apoio a ditaduras. Em outras palavras, essa é a nova ferramenta que tem sido largamente usada para erguer e desestabilizar democracias que, por ação de hackers, quer pela propagação de fake news, injuriam e difamam uns e glorificam outros.

Não se trata aqui de uma conduta aética e isenta da internet nas campanhas eleitorais, mas de um comportamento, por demais observável, de imiscuição indevida, capaz de mudar os rumos políticos até de países com forte tradição eleitoral.

O caso recente das eleições nos Estados Unidos comprova bem essa prática danosa, o que tem levado os resultados finais dos pleitos a serem repetidamente questionados na justiça. Não é por acaso que a transparência nas eleições, um fator essencial para o pleno funcionamento do modelo democrático, tem encontrado, na internet, não um aliado, mas um complicador em potencial.

É bem conhecido também aqui no Brasil o funcionamento dos chamados gabinetes do ódio, centrais autônomas ou diretamente ligadas ao governo, inclusive como foi verificado, funcionando dentro do Palácio do Planalto, com recursos públicos, usando das redes para denegrir adversários, elaborar listas de indesejáveis e outros produtos de mídia flagrantemente ilegais.

Nos governos petistas, também essa era uma prática corrente e bastante usada para fortalecer ideologicamente os partidos de esquerda e demonizar as oposições. Mais uma vez, é preciso destacar que a internet não está acima do bem e do mal, mas o uso que militantes, apoiados pelos diversos governos, fazem dela, torna esse tipo de mídia uma arma contra a transparência e contra a integridade das eleições.

Mesmo medidas legais como é o caso do Novo Marco da Internet, recentemente votado, não possui o condão de colocar a rede dentro de uma linha de atuação ética.

Nos países flagrantemente ditatoriais, como é o caso da Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, China, El Salvador e outros, essa questão é resolvida, simplesmente, com o desligamento e a censura das redes de internet ou seu banimento parcial ou total. O fato é que a internet se tornou, ao longo de sua curta existência, um fator indutor tanto de tiranias como de liberdades.

Controlar, pois, esse tipo de mídia é fator hoje de concentração de poder. A desinformação da população, principalmente naqueles países onde o analfabetismo já é em si uma arma de dominação, constitui-se numa facilidade a mais para o direcionamento criminoso da vontade eleitoral por meio de redes, muitas vezes operadas por robôs e situadas fora do país, para dificultar seus rastreios.

O pior é que esse tipo nefasto de prática não tem sido devidamente enquadrado pela justiça, mesmo em países onde as instituições têm espaço para agir. Aos governos, sejam eles do tom ideológico que adotem, uma vez instalados no poder, dificilmente abrem mão dessa ferramenta para diminuir seus opositores.

No Brasil, a questão, sempre sob suspeita, das urnas eletrônicas e a não introdução do voto impresso tem sido um complicador a mais em todo o processo eleitoral, e fator de desconfiança, principalmente por parte dos candidatos que se saíram derrotados. Há um oceano virtual a ser desvendado e ainda nos encontramos na borda da água.

A frase que foi pronunciada:

“A Internet é a cena do crime do século XXI. “

Cyrus Vance, Jr., advogado em NYC

Cyrus R. Vance Jr. Foto: Frank Franklin II / AP

Ainda

Seu Paulo fazia uma trabalho em uma casa do Lago Sul. Abriu uma torneira para lavar as mãos. Não parava de elogiar. Mas que beleza de água. É uma água leve, sem cheiro, sem cor. Bebeu a água da torneira: “E sem gosto!”, exclamou. Seu Paulo mora no Paranoá. A água que recebe em casa é do lago. Dizem que é tratada. Tem cheiro de sabonete, cor de mel e gosto estranho.

Foto: revistaaguasclaras.com

Futuro

Com a exposição no Parque da Cidade, o objetivo do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, é promover a troca de ideias entre jovens e  pesquisadores, empresários e militares. A tecnologia é o entusiasmo que deve permanecer para um futuro promissor.

Foto: defesa.com

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Surgirão, agora, muitos “candidatos” às próximas eleições, em defesa dos ocupantes dos mercadinhos da W-4. E é preciso, entretanto, que surja um esclarecimento. Aquilo é um antro de exploração, onde os produtores são sufocados e o povo escorchado. (Publicado em 20/01/1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AriCunha #Brasília #CampanhaEleitoral #CirceCunha #CongressoNacional #FakeNews #GabineteDoÓdio #HistóriadeBrasília #Mamfil #NovoMarcoDaInternet #PolíticaNaInternet

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