ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Com a ascensão das esquerdas, principalmente aquelas de matiz praticista, na qual o Estado é transformado numa grande vaca leiteira, as universidades públicas acabaram se transmutando em filiais dessas siglas, lançando uns contra os outros, contaminando o ambiente. Uma vista recente, captada no interior do prédio da UFRJ, dá uma mostra desse ambiente que tomou conta das universidades públicas brasileiras. Na foto aparecem as instalações internas de um amplo saguão, completamente pichado, com cadeiras e portas quebradas e lançadas ao chão, com cartazes e sujeira por toda a parte, como se um furacão houvesse revirado o ambiente.
Neste ambiente “acadêmico”, alunos de short, alguns sem camiseta, todos invariavelmente maltrapilhos, parecem ensaiar uma das milhares de manifestações, alheios ao mundo em redor. Apenas pela comparação dessa imagem com outras mostrando os principais recintos de universidades como Oxford, Cambridge ou o Instituto de Tecnologia da Califórnia, Harvard, Princeton e outras do primeiro time, dá para perceber quantos anos luz nos separam dessas instituições.
Não é por outro motivo que, no ranking da Times Higher Education, das 200 mais prestigiosas universidades do planeta, nenhuma instituição brasileira é sequer mencionada. Sobra política do tipo partidária e ideológica e faltam pesquisas e outras realizações próprias à essas instituições.
Sobra agitação e falta concentração. Dispersada e sem fôlego, nossas universidades se esmeram em debates e fecham os olhos à realidade do país. Médicos e outros doutores, formados graças ao empenho de muitos brasileiros que sequer sabem ler, não se dão ao trabalho de colocar seus conhecimentos, adquiridos de forma gratuita, à serviço da população. O razoável, num país razoável, seria exigir dos formandos trabalhos comunitários e gratuitos pelo mesmo tempo de formação. Seria muito mais útil ao país. Nem mesmo o Estado subsidiador possui vontade própria para cobrar esta dívida. O que se vê são doutores recém-formados instalarem seus gabinetes e consultórios privados, cobrando consultas que a maioria da população simplesmente não pode pagar.
Dentro das instituições, a vida não é fácil também para quem não se alinha, de primeira hora, a chamada do establishment, principalmente nas áreas ditas “humanas”. O que se verificam são disputas intestinas pelo controle das universidades por parte do pessoal ligado às esquerdas.
A animosidade e mesmo as disputas físicas tornam-se normais dentro dessas academias. Reproduzem-se no ambiente interno das faculdades o mesmo irracionalismo burro que antepõe partido contra partido. Para as minorias, que não se deixam enganar pelo canto de sereias dessa turma, que saúda a Venezuela e Cuba como modelos de democracia, restam o alijamento, as ameaças, o bullying e o assédio psicológico e físico.
Houvesse antes uma verdadeira agitação cultural nesses ambientes, a história seria outra. Da forma como se encontram na atualidade, nossas universidades vão ficar cada vez mais desprestigiadas e sucateadas. Para alguns, inclusive, essa parece ser a tática embutida nesses movimentos que agitam as universidades e que buscam, na verdade, a destruição da instituição, tomada por esses grupos, como uma invenção da burguesia e que tem como função secreta, perpetuar o controle dos trabalhadores pelo monopólio do saber.
A matriz socialista de aspecto tropical, parece dominar nossas universidades públicas. Dentro de um ambiente com esse índice de sectarismo, professores, de fato, que têm no mister de educar seu objetivo principal, são alijados da vida acadêmica, não participam das discussões internas, levando uma vida de pária dentro dessas instituições. Incrivelmente são esses agitadores catedráticos os primeiros a desejar complementar suas graduações em instituições estrangeiras de boa reputação.
O estrago que essa geração de professores e alunos, ditos engajados, vem perpetrando contra as universidades públicas brasileiras ainda está por ser descrita com minúcias. O fato é que pelo desprestígio interno e externo, pelo sucateamento dessas instituições, sua pouca produção científica e outros parâmetros correlacionados, torna-se óbvio que esse não é caminho correto a seguir. Talvez, mais importante do que seguir por um caminho acertado seja pensar melhor que rotas haveremos de traçar para o futuro, se o futuro for mesmo uma preocupação daqueles que pensam.
A frase que foi pronunciada:
“É porque eu odeio a classe média. A classe média é um atraso de vida. A classe média é a estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista… A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta. Ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante…”
Marilena Chauí
Resposta
Esta nuvem de desinformação favorece preconceitos contra a mineração e suas contribuições ao ser humano. Exemplo mais claro dessas contribuições é que as Nações Unidas reconhecem publicamente que a mineração empresarial é decisiva para o cumprimento dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ainda mais em países como o Brasil. O setor trabalha, no momento, para aperfeiçoar indicadores nesse sentido, o que será fundamental para atuar em conjunto com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) na implantação de programas voltados ao cumprimento dos ODS. (Leia no Blog do Ari Cunha a íntegra dos esclarecimentos de Walter Alvarenga, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, sobre o título publicado nesta coluna: Mineração: o lucro que traz prejuízos irremediáveis
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A fiscalização da Prefeitura precisa saber que na superquadra 304, do Iapfesp, estão sendo levantadas construções de alvenaria no canteiro de trabalho. Várias já estão prontas, e outras, em conclusão. (Publicado em 17.10.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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