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jornalista_aricunha@outlook.com
MAMFIL com Circe Cunha
Para os brasileiros que têm a oportunidade de conhecer os países do Primeiro Mundo, a primeira boa impressão, que logo desperta a curiosidade do estrangeiro, é como as instituições públicas funcionam com tanta precisão e prestam serviços da mais alta qualidade para os cidadãos? E como é possível ainda que, nesses países, a iniciativa privada e o setor público consigam trabalhar de forma complementar e harmônica, sem choques e principalmente sem a ocorrência de escândalos de corrupção, tão comuns por aqui quando os dois personagens se cruzam?Chega a causar espanto que hospitais públicos e privados atendam com o mesmo nível de excelência. O mesmo ocorre com escolas, teatros, museus, transporte, segurança e uma diversidade de outras atividades, todas trabalhando de forma exemplar. Por aqui, a realidade é totalmente oposta. As instituições públicas, na sua grande maioria, não prestam bons serviços à população.Em nosso caso e de forma resumida, essa questão encontra como explicações o fato de que nos faltam fiscalizações rigorosas e sobram burocracias do tipo kafkaniana, que acabam por favorecer os setores públicos e privados a negociarem com vistas a atender primeiro os interesses de cada um e não os da coletividade.
As parcerias público-privadas (PPPs) e, mais recentemente, a eleição das empresas tidas como campeãs nacionais demonstram que, na prática, os benefícios advindos dessas reuniões em nosso país acabaram por favorecer apenas os agentes participantes das negociações, sobretudo os partidos políticos e as empresas privadas.Operações policiais como a Lava-Jato provam que ainda estamos muito longe de garantir que os recursos públicos tenham gestão eficiente e de plena confiança. Qualquer licitação parece fadada a favorecer grupos determinados e sempre em prejuízo dos contribuintes. De certa forma, vamos ficando acostumados com essa situação.Quando ocorre de alguma instituição chamar a atenção pela excelência na prestação de serviços, logo a desconfiança é geral. Como ela consegue e as outras não? Mesmo em casos como esse, o natural seria tomar esses minguados exemplos como modelos a seguir. Mas, em nosso caso, os bons exemplos passam a ser imediatamente sabotados para não contaminar os costumes vigentes e prejudicar futuras negociatas.
O Hospital da Criança José Alencar é um dos raros exemplos de atendimento de qualidade que, por isso mesmo, parece atrair sobre si todo tipo de sabotagem. Criado há cinco anos pela Abrace e por um grupo de profissionais da saúde, o HCB vem sendo, como denunciam agora seus dirigentes, alvo de conluio que envolve, além do Ministério Público, os sindicatos dos Médicos e de Servidores, o Conselho de Saúde, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) formada na Câmara Legislativa com esse intuito — a mesma Câmara envolvida na nebulosa e ainda inexplicável Operação Drácon.Surpreende que um hospital tão novo já tenha realizado mais de um milhão de atendimentos médicos, quase 8 mil por mês. Questões políticas e outras suspeitas vêm minando a resistência da diretoria da instituição, que já pensa em jogar a toalha e se render à pressão da nossa realidade. Caso isso venha se concretizar, o prejuízo será de todos; os ganhos, obviamente de poucos.
A frase que não foi pronunciada
“Há esperanças, só não para nós.”
Franz Kafka
Carta
Recebemos a missiva de Roldão Simas com o seguinte teor: o 1º de Maio tem origem em greve havida nos EUA contra a exploração da mão de obra operária. Lá, o dia comemorativo, para que não lembrasse o evento original, foi transferido para setembro. A denominação adequada é, portanto, Dia do Trabalhador, não Dia do Trabalho como é de hábito aqui no Brasil. Este ano deveria ser comemorado como Dia do Desemprego, com os Correios em greve desde 28 de abril sem notícia dela nos jornais convencionais.
Piano imperdível
Amanhã, dia 3, recital dos alunos de Gisele Pires e Daniel Tarquínio no auditório do Departamento de Música da UnB, às 12h30.
Laureados
Por falar em música, a equipe MPC – Música para crianças/UnB — recebeu o 1º lugar na categoria Educativo, no Prêmio Profissionais da Música 2017. Marina Ferraz, Ivana Bontempo, Sergio Fonseca, Zeze Rezende e Paulo Henrique Gaspar. Ricardo Dourado é a estrela que trouxe o projeto de musicalização para bebês em gestação.
Na real
Frouxidão nacional dos nossos líderes não impediu ações de vândalos que se diziam trabalhadores. Há que reprimir ferozmente esse tipo de ação. Que se contenham a violência e depredação em respeito aos trabalhadores que pagam impostos e obedecem às leis.
História de Brasília
Quanto à segurança do prédio, a informação do engenheiro da Ecisa é de que o problema já está resolvido com a correção das fundações, que apresentavam defeito. (Publicado em 27/9/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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